segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

OPINIÃO DN.

IDEIAS – DN.
Educação

Educação de qualidade é uma demanda histórica do nosso País que ainda está longe de concretizar-se. Superamos muitas barreiras com a redução do analfabetismo e a busca da universalização do acesso ao ensino básico. No entanto, ainda nos ressentimos de que esses resultados se consolidem em um cenário mais justo e democrático. Acompanha-nos, histórica e culturalmente, a ideia de que a educação é uma ferramenta para galgar melhores condições financeiras e status social. Esse fato foi denunciado pelo educador e senador Cristovam Buarque quando esteve em Fortaleza, em dezembro, a convite do Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf), explanando sobre "Cidadania Fiscal e Educação". Nossas crianças e adolescentes convivem, desde a mais tenra idade, disse ele, com o discurso de que é preciso estudar para ganhar dinheiro e "ser alguém na vida". A educação formadora de cidadãos conscientes de seu real papel na sociedade está em segundo plano, em nome de um pernicioso individualismo. Como bem destacou Cristovam Buarque, é essa ideia de educação que sustenta as desigualdades que ainda constatamos no País. Portanto, fica o convite para a reflexão: qual a educação que precisamos para transpor as barreiras sociais que impedem o pleno exercício da cidadania transformadora? Que educação desejamos para nossos filhos e filhas a fim de que eles possam ser agentes de cidadania e construtores de uma nova realidade no Brasil? É nossa responsabilidade - pais, educadores e sociedade em geral - atentarmos a esse questionamento, e efetivamente agirmos no sentido de fazer valer a educação para o futuro.
José Nilson Fernandes

Advogado.

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