Segundo
José Guimarães, renúncia do irmão foi 'gesto maior do que de alguns membros da
mesa'.

Henrique Alves rebateu as
críticas da bancada petista. Disse hoje que a situação do ex-deputado José
Genoino é uma “página virada”. O peemedebista evitou falar sobre qualquer
indisposição com a legenda. “Não é agradável uma decisão destas. É sempre
constrangedora, mas cumpri meu dever de forma serena e obedecendo ao regimento
e a Constituição. Agora é aguardar os outros acontecimentos.”
Na véspera, José Guimarães havia
citado Ulysses Guimarães, para quem Genoino sintetizou, durante a Constituinte
(1987-1988), os anseios do parlamento. O líder petista também destacou várias
épocas que marcaram a trajetória do agora ex-deputado. Salientou que espera, um
dia, ver a história fazer jus ao trabalho do irmão, e restituir o seu mandato,
de forma semelhante à que foi observada, recentemente, com o ex-presidente João
Goulart (quando foi anulada, em votação simbólica, a sessão legislativa que o
destituiu do cargo de presidente da República em 1964).
Henrique Eduardo Alves evitou
polemizar sobre as críticas do líder do PT. “Fiz questão de assistir ao
pronunciamento dele, que foi respeitoso”. Integrantes da Mesa Diretora
explicaram que a renúncia não inviabiliza a continuidade do processo de
aposentadoria. A concessão do benefício deve ser analisada normalmente, já que
o ex-deputado apresentou o pedido antes da renúncia. Se o pedido de Genoino for
acatado, o valor da aposentadoria será complementado, já que o ex-deputado já
era aposentado por tempo de serviço.
Solidariedade

Dois dias antes, o compositor
havia postado um Manifesto pela vida de Genoino. No texto, afirma que o
deputado sofre um processo de “crucificação” e atribui a sua condição um
caráter de “pena de morte a conta-gotas para compensar as ilusões de justiça
armada por aqueles que querem, a qualquer preço, o poder de volta”.
Fonte: Folhapress.
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