De Ministérios
Brasília. A pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva para que a presidente Dilma Rousseff ponha políticos aliados no lugar
dos ministros que sairão para disputar cargos eletivos em 2014 deverá fazer com
que a reforma ministerial se dê em duas etapas, a primeira em janeiro e a
segunda do fim de março para o início de abril.
A solução, que dá mais tempo para Lula e Dilma
negociarem com os partidos da base aliada os nomes que preencherão as vagas nos
ministérios, aumenta também o risco de atritos nos partidos que sustentam o
governo no Congresso e que deverão formar a aliança que marchará unida pela
reeleição da presidente. O PMDB, por exemplo, exige uma solução rápida para o
Ministério da Integração Nacional, cargo para o qual escolheu o senador Vital
do Rego (PB). O PDT corre o risco de perder a vaga no Ministério do Trabalho
caso não diga até janeiro que ficará na coligação de apoio a Dilma.
A reforma em duas etapas servirá ainda para que Dilma
Rousseff procure equacionar problemas regionais que envolvem os ministros
Gleisi Hoffmann (Casa Civil), por exemplo, que tem sofrido uma série de ataques
por parte do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Com o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, que será candidato ao governo de São Paulo, ocorrerá o
contrário. Padilha ainda é pouco conhecido entre os eleitores paulistas. Por
isso, Dilma Rousseff deverá segurá-lo ao máximo no ministério. Até o fim do
prazo para sua saída do ministério, Padilha aparecerá cada vez mais à frente de
programas de apelo popular que podem render votos.
De acordo com auxiliares da presidente, ela tem
consciência de que a demora na reforma provoca problemas na base.
Fonte: Agência Brasil.
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