terça-feira, 3 de dezembro de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 03 DE DEZEMBRO DE 2013

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

“É MAIS NÃO É”
- O ATUAL PADRÃO ZELA AO POLÍTICO

Nobres:
O nosso modelo político se esgotou e ganha à repugnância da população. Vamos ao exemplo dos deputados federais onde poucos são eleitos numa região pequena, fazem votos em praticamente a maioria dos municípios. Procuram cabos eleitorais que têm prestígio. - ou são vereadores, e que convencem seus eleitores a votar no deputado que apoiam. Eleitores não conhecem ou viram poucas vezes o candidato em quem votaram. – de modo que não existe vínculo, 70% não lembram em quem votaram um ano após as eleições.  Por outro lado, o deputado, para se eleger, gasta fortunas; tem que fazer inúmeras viagens, pagar pelos serviços dos cabos eleitorais, ter veículos, gente. O candidato rico, em princípio, gasta do bolso, mas depois aprende como conseguir recursos. Procura nomear pessoas suas em empresas ou órgãos públicos e que possam, através de sua influência, conseguir os recursos de que precisa. Estamos falando da maioria dos candidatos, e são quase todos. O modelo político obriga-os a serem como são e, por serem como são, têm o repudio da população. Mas o que mudar no atual modelo? Os candidatos não precisariam gastar com viagens. O debate seria muito mais eficiente, usando muito mais intensamente a mídia local. Como por exemplo, de outros países, o candidato se aproxima muito dos eleitores; não seria difícil visitar casa por casa, no mínimo apertar a mão da maioria. A população conheceria muito mais o candidato e elegeria melhor no mínimo, votaria em quem conhece e respeita. - Mas esse modelo, para ser implantado, depende da aprovação dos que estão no Congresso. Só que eles não aprovam um modelo que os prejudicaria. Com o novo modelo, a principal atividade do representante seria atender bem a sua comunidade, (coisa que eles não fazem!) Entretanto, para ter êxito seria de bom alvitre que o governo funcionasse bem: aplicando na construção de estradas, casas, infraestrutura e segurança. Esses setores quando postos essencialmente em atividade, de questão prioritária regiamente, são executados por disponibilidade de recursos  através de licitações – universalmente superfaturadas para injetar a corrupção. – Se há disposição para retornar ações pautadas na ética para esses empreendimentos, só quando existem pressão da massa popular e, depois retoma os costumes do político do governo para o começo do “mote”.   Não adiantaria nomear cargos para conseguir recursos, não precisaríamos de 39 ministérios para atender os partidos. - Quem propõe um plebiscito sabe que, se depender do atual Congresso, este modelo não será aprovado. Em vez de financiamento público de campanha, redução de custos na campanha através do voto distrital. Em vez de deputados distantes da sua população, representantes verdadeiramente integrados com as comunidades. Em vez de custos absurdos com mídias abrangendo o estado inteiro com pouco tempo para debate de ideias, nos distritos os debates seriam bem aprofundados.  - Plebiscito é golpe, sim! Golpe na politicagem, na falta de representação e no modelo político ultrapassado. A única maneira é o plebiscito, e o povo precisa saber o que mudar. Para que venha acontecer quase toda a sociedade se fará conscientizar.

Antônio Scarcela Jorge.

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