COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
“É MAIS NÃO É”
- O ATUAL PADRÃO ZELA AO POLÍTICO
Nobres:
O nosso modelo político se
esgotou e ganha à repugnância da população. Vamos ao exemplo dos deputados
federais onde poucos são eleitos numa região pequena, fazem votos em praticamente
a maioria dos municípios. Procuram cabos eleitorais que têm prestígio. - ou são
vereadores, e que convencem seus eleitores a votar no deputado que apoiam.
Eleitores não conhecem ou viram poucas vezes o candidato em quem votaram. – de
modo que não existe vínculo, 70% não lembram em quem votaram um ano após as
eleições. Por outro lado, o deputado, para
se eleger, gasta fortunas; tem que fazer inúmeras viagens, pagar pelos serviços
dos cabos eleitorais, ter veículos, gente. O candidato rico, em princípio,
gasta do bolso, mas depois aprende como conseguir recursos. Procura nomear
pessoas suas em empresas ou órgãos públicos e que possam, através de sua
influência, conseguir os recursos de que precisa. Estamos falando da maioria
dos candidatos, e são quase todos. O modelo político obriga-os a serem como são
e, por serem como são, têm o repudio da população. Mas o que mudar no atual
modelo? Os candidatos não precisariam gastar com viagens. O debate seria muito
mais eficiente, usando muito mais intensamente a mídia local. Como por exemplo,
de outros países, o candidato se aproxima muito dos eleitores; não seria
difícil visitar casa por casa, no mínimo apertar a mão da maioria. A população
conheceria muito mais o candidato e elegeria melhor no mínimo, votaria em quem
conhece e respeita. - Mas esse modelo, para ser implantado, depende da
aprovação dos que estão no Congresso. Só que eles não aprovam um modelo que os
prejudicaria. Com o novo modelo, a principal atividade do representante seria
atender bem a sua comunidade, (coisa que eles não fazem!) Entretanto, para ter
êxito seria de bom alvitre que o governo funcionasse bem: aplicando na
construção de estradas, casas, infraestrutura e segurança. Esses setores quando
postos essencialmente em atividade, de questão prioritária regiamente, são
executados por disponibilidade de recursos
através de licitações – universalmente superfaturadas para injetar a
corrupção. – Se há disposição para retornar ações pautadas na ética para esses
empreendimentos, só quando existem pressão da massa popular e, depois retoma os
costumes do político do governo para o começo do “mote”. Não adiantaria nomear cargos para conseguir
recursos, não precisaríamos de 39 ministérios para atender os partidos. - Quem
propõe um plebiscito sabe que, se depender do atual Congresso, este modelo não
será aprovado. Em vez de financiamento público de campanha, redução de custos
na campanha através do voto distrital. Em vez de deputados distantes da sua
população, representantes verdadeiramente integrados com as comunidades. Em vez
de custos absurdos com mídias abrangendo o estado inteiro com pouco tempo para
debate de ideias, nos distritos os debates seriam bem aprofundados. - Plebiscito é golpe, sim! Golpe na
politicagem, na falta de representação e no modelo político ultrapassado. A única
maneira é o plebiscito, e o povo precisa saber o que mudar. Para que venha
acontecer quase toda a sociedade se fará conscientizar.
Antônio Scarcela Jorge.
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