sexta-feira, 7 de março de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 07 DE MARÇO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

AVENTUROSO E IMPERANTE CORPORATIVISMO


Nobres:
Como normativo conflita certos preceitos da legislação eleitoral de maneira especial para os sucessivos pleitos que são formatados em sintonia com uma rede “isenta” se tornar ótimo o domínio político, sempre posicionado a falta de compostura e de comportamento ético que preza um cidadão comum. Dentre essas anomalias para exercitar a cidadania, mas perfeitamente normal no abecedário imoral da política fez constituir regras que atende os seus interesses onde pode se incluir a criação de partidos políticos que tem por objetivo contrariar interesses escusos de grupo ou mesmo em torno de um político. A legislação partidária trata-se de ampliar um jogo de interesse contrário aos estatutos dos partidos embora um pouco diferenciado dos demais - é convindo de pretexto - para referenciar o próprio ato cartorial. Toda legislação serve de cabide para instar que sutilmente desenvolve todo o processo eleitoral. Entretanto é altivo as aberrações desse “espantalho” ordenamental é o financiamento de campanhas eleitorais por pessoas jurídicas resulta em evidente influência do poder econômico sobre as eleições, o que já seria suficiente para se declarar a inconstitucionalidade da norma. Por sua vez, autorizar a influência dos setores econômicos sobre o processo eleitoral é admitir o que também é constitucionalmente vedado: - “A quebra da igualdade jurídica nas disputas eleitorais e o desequilíbrio no pleito.” O resultado parcial da votação do Supremo Tribunal Federal quatro votos a zero reforça a tese sobre a qual a sociedade comum protesta e que tem forte apoio de muitas organizações da sociedade civil. – “A propósito o potencial corporativista que eleva os próprios poderes – até o momento não foi concluído o julgamento pelo STF”. - A possibilidade de doação por empresas para partidos ou candidatos quebra um dos princípios fundamentais da nossa Constituição, que é o princípio da igualdade entre todos os cidadãos. O dinheiro dos grandes financiadores desequilibra e distorce o resultado das eleições como expressão da vontade popular. A grande dificuldade do modelo político do Brasil é o afastamento da classe política da sociedade civil. É uma das causas desse distanciamento “é a centralidade que o dinheiro passou a ter no processo eleitoral brasileiro”. O sistema político brasileiro atual é caríssimo, injusto e contribui decididamente o aumento da corrupção. O fim das doações de empresas e o limite para a contribuição de pessoas físicas não garante o fim do caixa dois, mas dificulta esta prática e, certamente, reduz o custo e democratiza o processo eleitoral e garante maior legitimidade aos governantes e aqueles que criticam a votação dessa matéria pelo STF, inclusive o presidente do Senado - com naturalidade, não poderia ser outro. - A OAB é uma das entidades que têm legitimidade para pedir uma análise de constitucionalidade de uma lei e instar o Supremo a se pronunciar sobre o tema. O que os ministros estão analisando é a constitucionalidade da matéria. Eles não estão votando uma nova lei. Depois disso, caberá ao Congresso Nacional votar um novo sistema de financiamento das eleições. Um dos ministros do STF deixou isso claro em seu voto ao salientar que, em uma democracia, a decisão política deve ser tomada por quem tem voto. Por isso, a reforma política tem de ser feita pelo Congresso o caminho viável deverá ser por uma proposta de iniciativa popular já que é deveras lamentável se emperrar no Congresso.

Antônio Scarcela Jorge.

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