Ministro afirma que continuará na articulação política por mais 15 ou 30 dias.
O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse
nesta segunda-feira (31) que a Secretaria de Aviação Civil (SAC) não tem mais
"muita razão de existir", em referência à possível extinção da pasta
na reforma ministerial.
"Essa é uma Secretaria que a partir de agora não
tem muita razão de existir. Podemos ficar tranquilos porque não se perde. O
segmento é muito atuante, os parceiros da Aviação Civil são profissionais de
nível internacional e o patamar de desempenho será dado pelos players do
segmento”, afirmou Padilha, que participou de um encontro com empresários em
São Paulo.
Eliseu Padilha disse ainda que ficará à frente da
articulação política por mais 15 ou 30 dias. Segundo ele, é necessário encerrar
as negociações envolvendo os cargos do terceiro escalão do governo. “Para que a
memória não seja perdida e as tratativas em andamento não sejam desfeitas, vou,
a partir de amanhã (1º), dar meio expediente na Aviação e meio na articulação
política. Farei isso até liquidar essas pendências”, afirmou o ministro.
De acordo com Eliseu Padilha, depois dessa fase, a
própria Secretaria de Relações Institucionais também deve ser extinta. A pasta
era acumulada pelo vice-presidente Michel Temer até semana passada, quando ele
anunciou que deixaria a função. Padilha atuou como auxiliar durante o período
em que Temer esteve à frente da articulação.
Segundo o ministro, os principais temas tratados pela
secretaria deixam de ter relevância daqui para frente. “Definimos o segundo
escalão e estamos ultimando o terceiro. No momento que estivermos com isso
concluído, não vamos mais falar de cargo”, acrescentou.
As emendas orçamentárias, outro tema tratado pela
articulação, também são, segundo o ministro, assunto superado. “A questão
orçamentária das emendas e dos restos a pagar está resolvida. Com os ministros
Joaquim Levy (da Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante
(Casa Civil), conseguimos construir uma fórmula que resolve a questão. De agora
em diante, as emendas são impositivas, não tem mais de escolher. Todas serão
executadas, independentemente do partido”, disse.
Eliseu Padilha informou que só será possível contornar
a crise econômica quando houver calma no cenário político. “Hoje, há
necessidade de termos uma base mais consistente, de modo que se tenha o
sentimento da estabilidade política. Só isso propiciará tentarmos vencer a
instabilidade econômica”, concluiu o ministro.
Fonte: Agência Brasil.
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