quarta-feira, 30 de setembro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2015

COMENTÁRIO­.
Scarcela Jorge.

NÃO PRECISA DE OPOSIÇÃO.

Nobres:
A precipitação e o voluntarismo do governo Dilma em seu primeiro mandato quebraram o Estado. A tal ponto que, numa atitude inédita, o Orçamento da União de 2016 é enviado ao Congresso Nacional com previsão de déficit. Fica difícil, neste momento, avaliar o que teria sido pior. Fazer mágicas para tapar o rombo previsto no orçamento do ano que vem ou admitir que o governo não tenha dinheiro para bancar todas as suas despesas. No ano passado, a equipe de Dilma optou pelas pedaladas fiscais, uma maquiagem para tentar esconder o buraco nas contas públicas. Não deu. Fechou 2014 sendo obrigada a se endividar para pagar seus débitos. E nem pagou todos. O fato é que Dilma adora um gasto para chamar de seu. A presidente é adepta do Estado forte, intervencionista, dono e agente direto dos rumos da economia. Ela não se satisfaz em dar apenas as diretrizes. Imprevidente, gastou mais do que arrecada. Estimulou o aumento de alguns gastos e não tomou nenhuma medida para segurar outros. Torrou o colchão de poupança deixado para ela por Lula. Numa atitude de desespero, lançou de última hora a idéia de ressuscitar a CPMF, o imposto do cheque. Teve vida curtíssima. Resultado, o governo Dilma tem hoje estreita margem de ação para: combater uma recessão que deve durar dois anos, uma inflação acima de 9% e um desemprego em alta, o “envilecimento” do seu governo, também a nível internacional causado pelas análogas crises, econômica e corruptas “eleitas” no seio de sua base aliada, no que é mais agravado, concebe não só a volta da CPMF como diz que vai cortar dez ministérios, no timing errado, na dose errada, espalhando medo e paralisia na sua equipe. Enfim, este é um governo que não precisa de oposição.
Antônio Scarcela Jorge.

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