COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.
ASTUTA (IN) GOVERNABILIDADE.
Nobres:
A generalização desorganizada do atual governo
naturalmente programa “à troca das negociatas” entre Executivo e o legislativo,
cuja venda por ministérios é uma premissa da visão míope da Presidente Dilma,
que dando provas que seu corrupto protetor não está interferindo de
sobremaneira nas “vendas” no processo de ajuste fiscal, que prejudica acintosamente
a população e está “enfeitiçada pelo entreguismo do mau caráter do
vice-presidente da república (prestem atenção como ele rir) destinou-se a
missão do “fragmentado PMDB de Temer, nestes tempos em que outras lideranças
dessa frente denominada de Partido e outros elementos que “pensam” em comandar outras
agremiações alugadas ao governo, especialmente os Senadores, na realidade, não
sabem com quem contar em seus partidos. Aliás, nem os eleitores, porque os
parlamentos se transformaram em oceanos de irresponsabilidade assolados por
vagalhões de contradições demagógicas. O bem comum foi para o brejo e deu lugar
à disputa insana pelo poder. Desgastar os governos, mesmo à custa do suicídio
coletivo de Estados e da União, passou a ser a palavra de ordem que move grande
parte dos votos nos plenários. Seja aumento de impostos ou contenção de
despesas, fazem apressadamente que as “ditas” linhas ideológicas estão sendo destruídas,
desmoralizadas, arrasadas sem piedade, mesmo que o desejo de sangue político
leve a economia e o povo de roldão. Coerência zero. Com saudáveis exceções, os
parlamentares desfilam para as arquibancadas neste Carnaval do populismo,
distantes da maioria silenciosa que alimenta em casa e volta e meia o destampa
em grandes manifestações. Ao contrário de outros países, “e não a modo Brasil
corrupto que estamos vivenciando” o parlamento fiscaliza e obstrui os gastos
públicos. Cada proposta de despesa é esquadrinhada em comissões e espremida até
ser derrubada ou finalmente seguir em frente. Os eleitores desses países
valorizam quem defende seus impostos com ardor e rejeitam vendedores da ilusão
de que dinheiro público jorra de uma fonte mágica. Em resumo, em ambientes de
responsabilidade fiscal, por força circunstancial a presidência tenta executar
novos programas e gastar mais, enquanto os parlamentares se esforçam em travar
desperdícios. Para ser mais explícito, por aqui, nem uma coisa, nem outra. Só
agora, depois de exaurir as burras estatais em farras de reajustes, benesses e
juros de dívidas contraídas para pagar os reajustes, as benesses e mais
dívidas, os governos da união e os estaduais estão começando a acordar para a
realidade do aqui se faz, aqui se paga. O porre de hoje é a ressaca de amanhã,
mas os parlamentos e o executivo em conjunto, ainda vivem embriagados pela noção de que já perderam eleitores. O resultado é que toda a classe de político
como alvo generalizado. Mas é preciso abrir o olho antes que seja tarde: os que
aplaudem agora o extermínio de governos por sinal incompetentes e irresponsáveis.
Antônio
Scarcela Jorge.
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