quinta-feira, 17 de setembro de 2015

PERDEU A CREDIBILIDADE COM POLÍTICOS E DEMAIS DA SOCIEDADE COMUM


DILMA ENCONTRA RESISTÊNCIA NA BASE ALIADA.


Em busca de diálogo e apoio político, a presidente Dilma Rousseff tem uma semana de reuniões com deputados, senadores e governadores com o intuito de aprovar as medidas que ajustam os cofres públicos.

O saldo da reunião entre a presidente Dilma Rousseff, ministros e líderes partidários da base aliada, realizada ontem em Brasília, não é animador. Após reunião com governadores, na segunda-feira, Dilma buscou apoio dos parlamentares para a aprovação das medidas que pretendem ajustar os cofres públicos. Líder do Pros na Câmara, o deputado Domingos Neto confessou que será “difícil” aprovar a CPMF.

O parlamentar destacou que deputados cobraram da presidente a definição quanto às distribuições de cargo no segundo e terceiro escalão. Líderes também se mostraram insatisfeitos com a vinculação das emendas parlamentares ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Na reunião, o líder da bancada do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), disse ser politicamente inviável convencer os deputados a deixar de beneficiar seus redutos eleitorais para direcionar recursos para grandes obras do PAC.

De acordo com o líder do PTB, Jovahir Arantes (GO), seu partido irá apresentar à Dilma proposta de renegociação de grandes débitos que o governo tem a receber como forma de engordar o caixa. Houve clima tenso quando o deputado Rogério Ross (DF), líder da bancada do PSD, sugeriu que o ministro Joaquim Levy tirasse férias para ser substituído por alguém de cunho “desenvolvimentista”. O ministro teria respondido que a culpa pela perda do selo de bom pagador do Brasil seria do Congresso. Senadores também endossaram a fala de deputados afirmando ser “difícil” a aprovação do pacote fiscal no Senado.

Após a reunião, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT/CE), afirmou que o governo está cortando na própria carne e que há uma busca pelo diálogo. Apesar das cobranças, líderes do PMDB, PCdoB, PP, PSD e Pros assinaram ontem manifesto em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff. Um novo encontro entre líderes e Dilma foi agendado para amanhã.

Para além dos líderes partidários, o deputado Danilo Forte (PSB/CE) criticou o governo afirmando que a presidente pode cortar mais. Já Raimundo Matos (PSDB/CE) garantiu que deve se posicionar contra as medidas. Também defendeu maiores cortes. Para o petista José Airton, o imposto é justo. “Quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos”. Ele defendeu a necessidade de mais recursos para o governo.

O governador Camilo Santana (PT) afirmou que o governo federal está “cortando na própria carne” e que apresentou “uma série de medidas para ajustar as contas” que necessariamente não são apenas aumento de impostos.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), pediu cautela quanto ao percentual. “O aumento só deve vir a ser apoiada por nós caso haja objetivamente ganhos na qualidade dos serviços públicos e não apenas para tapar buraco”.
Fonte: Agência Brasil.


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