Rio de Janeiro -
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi condenado a 15 anos e 4 meses de
prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa no
âmbito da Operação Lava Jato, informou a Justiça Federal do Paraná nesta
segunda-feira.
Na mesma ação
penal, o juiz Sérgio Moro decretou pena de 20 anos e 8 meses de detenção para o
ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque pelos mesmos crimes.
Duque e Vaccari
foram acusados pelo Ministério Público Federal de envolvimento em esquema
bilionário de pagamento de propinas em licitações para obras da estatal.
ADVERTISEMENT.
Segundo a
denúncia, Vaccari intermediou repasses de 4,2 milhões de reais para o PT por
meio do esquema de desvio de recursos da estatal. O ex-diretor da estatal, por
sua vez, foi acusado de receber mais de 36 milhões em propina.
"Entende
este Juízo que a associação criminosa em questão perdurou pelo menos até a
saída de Renato Duque da Diretoria de Serviços da Petrobras, em abril de 2012,
tendo havido pagamento de propina no mês imediatamente anterior", disse
Moro em seu despacho divulgado pela Justiça Federal.
Também foram
condenados, entre outros envolvidos, o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e o
doleiro Alberto Yousseff, que fizeram acordo de delação premiada com a Justiça
e terão penas definidas nos acordos fechados com a força-tarefa da Lava Jato.
O presidente do
PT, Rui Falcão, não quis comentar a condenação de Vaccari em entrevista
coletiva após participar de reunião do recém-criado conselho consultivo da
presidência do partido. Ele apenas reiterou que as doações recebidas pelo PT
atenderam à legislação.
"As
contribuições que nós recebemos, elas estão pari-passo com as contribuições de
outros partidos, do PSDB, do PMDB, quase nos mesmos valores... Nós só recebemos
contribuições segundo a lei que estava em vigor no país até semana
passada", disse.
A operação Lava
Jato investiga um escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, outras
empresas e órgãos estatais com a participação de funcionários das companhias,
políticos e partidos.
Fonte: Reuters.
Nenhum comentário:
Postar um comentário