GILMAR MENDES DIZ
QUE FATIAMENTO DA LAVA JATO ERA 'DESNECESSÁRIO'.
STF enviou para Justiça de SP
parte de investigação que estava com Moro.
Mendes também criticou o que classificou de 'gambiarras institucionais'.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), afirmou nesta sexta-feira (25) que o fatiamento da Operação Lava Jato
foi "desnecessário". A Corte decidiu na última quarta-feira enviar para
a Justiça Federal de São Paulo parte das investigações, antes
concentradas em Curitiba pelo juiz Sergio Moro.
"Era desnecessário e não precisava chegar a esse
ponto", afirmou o ministro. "Essa foi a posição que eu e o ministro
Celso defendemos e me parece que essa era a posição correta."
O ministro discursou para advogados em almoço do
Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp) e depois concedeu entrevista
coletiva.
Gilmar Mendes disse acreditar que a questão será
rediscutida pelo STF, pois, segundo ele, outros investigados deverão se basear
na decisão como argumento para novas análises pelo tribunal. "Há uma
conexão pela própria prova, que é comum em todos os processos", defendeu.
"Acho que nós vamos ter em algum momento que rediscutir esse tema."
Nesta quinta, o juiz federal Sergio Moro evitou falar
sobre o fatiamento, por se tratar de processo em andamento. Ao ser
questionado sobre se o fatiamento prejudica a operação, o juiz federal afirmou
que não se sente confortável em comentar a decisão do STF.
"É o maior escândalo de corrupção do Brasil,
quiçá do mundo. Acho que o tribunal terá que recompreender", completou
Gilmar Mendes.
No discurso, Mendes criticou o que classificou de
"gambiarras institucionais". "O Brasil precisa encerrar a fase
das gambiarras institucionais", disse.
"De gambiarra em gambiarra é que
estamos na situação econômica que estamos hoje. As pedaladas: as pedaladas nada
mais são do que gambiarras."
Fatiamento.
Na quarta-feira (23), o STF decidiu, por 7 votos a 3,
remeter para a Justiça Federal de São Paulo parte da investigação relacionada a
supostos desvios no Ministério do Planejamento. A apuração foi enviada por Moro
ao Supremo por envolver a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Na decisão, os ministros separaram a investigação em duas partes – uma específica sobre Gleisi Hoffmann, que ficou com Dias Toffoli – e outra relacionada ao ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano (PT-SP), que, segundo as investigações, teria intermediado repasses de dinheiro oriundo do Planejamento em benefício da senadora. A investigação específica sobre ele é que sairá das mãos de Moro e ficará com a Justiça Federal de São Paulo.
Trata-se da primeira decisão do Supremo tirando de Moro a competência sobre apurações iniciadas a partir de depoimentos de delatores da Lava Jato, que colaboram com o caso em troca de diminuição de suas penas.
Fonte: G1. DF.Na decisão, os ministros separaram a investigação em duas partes – uma específica sobre Gleisi Hoffmann, que ficou com Dias Toffoli – e outra relacionada ao ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano (PT-SP), que, segundo as investigações, teria intermediado repasses de dinheiro oriundo do Planejamento em benefício da senadora. A investigação específica sobre ele é que sairá das mãos de Moro e ficará com a Justiça Federal de São Paulo.
Trata-se da primeira decisão do Supremo tirando de Moro a competência sobre apurações iniciadas a partir de depoimentos de delatores da Lava Jato, que colaboram com o caso em troca de diminuição de suas penas.
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