Temer
quer manter Eliseu Padilha, que não tem respaldo de deputados.
Bancada na Câmara exige dois ministros entre indicados pela legenda.
Um impasse nas negociações com o PMDB adiou para a
próxima semana o anúncio da reforma ministerial negociada pela
presidente Dilma Rousseff.
Segundo se apurou a presidente encontra dificuldade em
acomodar ministros aliados de o vice-presidente Michel Temer e as indicações
feitas pela bancada da legenda na Câmara. Dilma embarcou
para Nova York nesta quinta e retorna na próxima terça-feira.
Em princípio seriam destinados cinco ministérios para
a maior legenda aliada do governo – dois ministros seriam indicados pela
bancada no Senado, dois pela bancada na Câmara e um quinto seria escolhido para
compor o acordo.
O pedido da própria presidente Dilma, a bancada na
Câmara apresentou sete nomes a fim de que ela escolhesse dois, um para ocupar o
Ministério
da Saúde e outro, uma pasta ligada à área de infraestrutura.
No entanto, Michel Temer teria
intercedido em favor da manutenção no cargo do atual ministro da Aviação Civil,
Eliseu
Padilha, bem como do ministro do Turismo, Henrique Eduardo
Alves.
Além disso, o senador Jader
Barbalho (PMDB-PA) pretende que o filho Helder
Barbalho (Pesca) seja mantido como ministro.
A presidente também deseja continuar com a ministra da
Agricultura, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) e o ministro de Minas e Energia,
senador Eduardo
Braga (PMDB-AM), que poderiam entrar na cota das indicações
do Senado.
Irritado com a possibilidade de a bancada da Câmara
perder espaço, o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), informou
a Dilma que retiraria os nomes indicados e deixaria de apoiar a reforma
ministerial se não fosse cumprido o acordo com os deputados.
O pleito é de que assumam o comando da Saúde e de um
ministério de peso na área da infraestrutura dois dos nomes indicados pela
bancada.
O Palácio do Planalto, então, informou que as
promessas feitas inicialmente à bancada serão mantidas. Para atender a Temer e
aos deputados, Dilma deve destinar seis ministérios ao PMDB, como atualmente.
Deputados peemedebistas criticam a influência de Temer
no processo de decisão, já que o vice-presidente havia informado que não
participaria das indicações, dando mostras de um afastamento do governo.
“Quem tem voto somos nós, não ele. O vice-presidente
se recusou a indicar. Dilma pediu para a bancada e agora ele quer participar.
Mas somos nós que decidimos no voto os projetos de interesse do governo”, disse
ao G1 um deputado peemedebista que está na lista de indicados
da bancada para a reforma ministerial.
Procurada pelo G1, a assessoria do
vice-presidente negou que ele esteja interferindo na reforma ministerial. De
acordo com a assessoria, Temer informou à presidente que ela “tem toda a
liberdade para escolher o nome que quiser”.
Segundo parlamentares do PMDB ouvidos pelo G1, os
nomes indicados à presidente pela bancada são os dos deputados José Prianti
Junior (PMDB-PA), Celso Pansera (PMDB-RJ), Newton Cardoso Junior (PMDB-MG),
Mauro Lopes (PMDB-MG), Manoel Junior (PMDB-PB), Marcelo Castro (PMDB-PI) e
Saraiva Felipe (PMDB-MG).
O nome com maior apoio da bancada para comandar o
Ministério da Saúde é o do deputado Manoel Junior. As alternativas para essa
pasta são Marcelo Castro e Saraiva Felipe.
O deputado José Prianti Junior comandaria um
ministério ligado à área da infraestrutura. Celso Pansera, Newton Cardoso
Junior e Mauro Lopes seriam alternativas a Prianti, se ele for vetado por
lideranças do PMDB no Pará.
Fonte: G1 – DF.
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