sábado, 12 de setembro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO, 12 DE SETEMBRO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

DESCONFIANÇA NO GOVERNO VEM FORMALIZAR O CALOTE.

Nobres:
O estrago está sendo causado pelo grau de investimento do país, anunciada pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, significa um retrocesso que precisa merecer resposta à altura, como as ensaiadas ontem pelo Planalto. Foi justamente essa agência de avaliação de risco a primeira a elevar a nota da economia brasileira em 2008, incluindo-a entre as recomendadas como destino para grandes investidores internacionais. Se quiser evitar que as demais instituições sigam o mesmo caminho, como ocorreu na época da melhora da nota, o país precisa enfrentar de vez as razões de ter caído para o nível especulativo e, bom antecipar o que todo mundo sabe, a incapacidade de realizar investimentos, o grau de entendimento do governo com os aliados corruptos que se compartilhou com ações escusas e dentre as quais, para o fato de ter antecipado a decisão, que ocorre poucos dias depois de o Planalto enviar ao Congresso uma proposta orçamentária com déficit primário de R$ 30,5 bilhões para 2016, a própria agência dá uma idéia clara do que precisa ser enfrentado. A principal alegação é o fato de o governo, logo depois reduzir a meta fiscal, ter partido para uma projeção de déficit. Outra questão apontada é a “falta de coesão” dentro da equipe oficial. Por mais que membros do governo insistam em minimizar o impacto da retirada do selo de bom pagador, é evidente que resta agora administrar os danos. A perda de uma conquista importante para o país, como o grau de investimento, tem impacto sobre todos os brasileiros. Por isso, o Planalto deve ações firmes e imediatas. O simples fato de o país passar a ser visto como de maior risco implica redução nos investimentos, pressões sobre o câmbio como as registradas ontem e crédito mais caro para empresas e pessoas físicas. Num segundo momento, tende a gerar ainda mais desemprego. Por isso, não bastam apenas reuniões de emergência como a convocada ontem pela presidente da República, nem as reiteradas manifestações tranqüilizadoras do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. É preciso ação, mas o (dês) governo não se orienta e não abre mão dos programas “sociais - eleitoreiros” e se torna insensível, apostando na solidez de um governo apoiado pelos corruptos de “plantão” conseqüentemente havia tempo de evitar conseqüências drásticas de suas falhas de gerenciamento, coisa que nunca aconteceu e não acontecerá, como toda sociedade diz.
Antônio Scarcela Jorge.

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