COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.DESCONFIANÇA NO GOVERNO VEM FORMALIZAR O CALOTE.
Nobres:
O estrago está sendo causado pelo grau de investimento
do país, anunciada pela agência de classificação de risco Standard &
Poor’s, significa um retrocesso que precisa merecer resposta à altura, como as
ensaiadas ontem pelo Planalto. Foi justamente essa agência de avaliação de
risco a primeira a elevar a nota da economia brasileira em 2008, incluindo-a
entre as recomendadas como destino para grandes investidores internacionais. Se
quiser evitar que as demais instituições sigam o mesmo caminho, como ocorreu na
época da melhora da nota, o país precisa enfrentar de vez as razões de ter caído
para o nível especulativo e, bom antecipar o que todo mundo sabe, a
incapacidade de realizar investimentos, o grau de entendimento do governo com
os aliados corruptos que se compartilhou com ações escusas e dentre as quais, para
o fato de ter antecipado a decisão, que ocorre poucos dias depois de o Planalto
enviar ao Congresso uma proposta orçamentária com déficit primário de R$ 30,5
bilhões para 2016, a própria agência dá uma idéia clara do que precisa ser
enfrentado. A principal alegação é o fato de o governo, logo depois reduzir a
meta fiscal, ter partido para uma projeção de déficit. Outra questão apontada é
a “falta de coesão” dentro da equipe oficial. Por mais que membros do governo
insistam em minimizar o impacto da retirada do selo de bom pagador, é evidente
que resta agora administrar os danos. A perda de uma conquista importante para o país, como o grau de investimento,
tem impacto sobre todos os brasileiros. Por isso, o Planalto deve ações firmes
e imediatas. O simples fato de o país passar a ser visto como de maior risco
implica redução nos investimentos, pressões sobre o câmbio como as registradas
ontem e crédito mais caro para empresas e pessoas físicas. Num segundo momento,
tende a gerar ainda mais desemprego. Por isso, não bastam apenas reuniões de
emergência como a convocada ontem pela presidente da República, nem as
reiteradas manifestações tranqüilizadoras do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
É preciso ação, mas o (dês) governo não se orienta e não abre mão dos programas
“sociais - eleitoreiros” e se torna insensível, apostando na solidez de um
governo apoiado pelos corruptos de “plantão” conseqüentemente havia tempo de
evitar conseqüências drásticas de suas falhas de gerenciamento, coisa que nunca
aconteceu e não acontecerá, como toda sociedade diz.
Antônio
Scarcela Jorge.
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