domingo, 20 de setembro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015

COMENTÁRIO­.
Scarcela Jorge.

SENSO DO RÍDICULO.

Nobres:
Nós que acompanhamos o dia a dia da política imperativa da ladroagem em nosso País e que não há novidade em relação às denúncias no seio do governo sempre acompanhada por segmentos “obliquamente” corruptos, que veneram e “santificam” o lulismo, (ainda bem que SS O PAPA, graças aos desígnios de Deus, não é brasileiro) Por essência apropriada; o governo mandou ao TCU suas justificativas para as pedaladas, mas elas beiram o ridículo. A defesa alega contra as acusações de que teria cometido ilegalidades na gestão das contas públicas em 2014, último ano de seu primeiro mandato. O brasileiro é “um economista” por força de sua situação expressada na obrigação de servir, que sejam também as atividades escusas, não tem jeito mesmo! E envolve uma atividade que reflete principalmente no nosso “bolso”, como foi evidente que o governo gastou o que não podia e lançou mão de empréstimos mascarados junto a instituições financeiras estatais para cobrir os rombos que criou – “pedaladas” que o TCU ameaça punir com a desaprovação das contas do governo, o que, como conseqüência, abriria as portas para um processo de impeachment. Claro, o governo tem todo o direito de se defender, mas beiram a zombaria os argumentos que apresenta. Na última peça de contestação encaminhada ao TCU, O Advogado Geral da União, chega a admitir que, de fato, o governo teve de lançar mão de “jeitinhos” heterodoxos para fechar as contas diante do cenário de crise, mas reputou o desequilíbrio orçamentário e o desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal à imprevisibilidade dos fatores que causaram a crise. “A realidade econômica evoluiu de maneira imprevisível para todos os analistas”, disse Adams, para em seguida perguntar: “Quem projetava um impacto de redução de commodities, aumento do dólar, de mudança do quadro econômico do jeito que aconteceu no final de 2014?” Feita a pergunta, explicou: “Foi esta realidade que gerou a necessidade de mudança de meta que foi acatada pelo Congresso e em 31 de dezembro o governo atendeu à lei”. Nada mais falso e insustentável. Já há muito tempo, analistas brasileiros e estrangeiros diagnosticavam os primeiros sintomas que levariam à crítica situação econômica pela qual o país passa atualmente. Pelo menos desde 2011, o governo começou a abandonar o tripé macroeconômico ao tempo do governo Fernando Henrique Cardoso e que garantiu a estabilidade monetária e criou condições para o desenvolvimento. Durante boa parte do governo Lula, ainda comprometido com a fase “paz e amor” que a fez ganhar a presidência em 2002, o tripé, embora cambaleante, foi preservado. Mas, com Dilma dando seqüência a um movimento iniciado no fim do segundo mandato de Lula, o tripé começou a desmoronar: gastos maiores e um pouco de inflação não fariam mal a ninguém. Pelo contrário, se a gastança fosse exacerbada durante o período pré-eleitoral, até poderia ajudá-la a seguir no Planalto até 2018. Era o desastre anunciado e claramente delineado pelo mercado prova disso eram as estimativas recolhidas semanalmente pelo Banco desde abril de 2014, por exemplo, já se previa que o IPCA do ano passado estaria no teto da meta do BC. Bolas semelhantes foram cantadas ao longo de 2014 pelos analistas especializados, por mais simples dos correntistas que prenunciava a continuidade do processo de desmanche dos fundamentos econômicos, alta dos juros, desvalorização do real e queda da bolsa com o sucesso de Dilma; e pelos candidatos da oposição Aécio Neves e Marina Silva. Os avisos foram todos ignorados. Tudo isso mostra que a previsibilidade dos acontecimentos era evidente, menos para o advogado-geral da União, para quem o governo foi apenas vítima de surpresas sobre as quais não detinha nenhum controle, a não ser conseguir que o Congresso mudasse para baixo a meta de superávit primário depois de o Orçamento de 2014 já ter sido executado, com a exclusiva finalidade de dar aparência legal ao descumprimento da meta. Para o advogado, a soma de dois erros produz um acerto, mas houve “imprevisibilidade e surpresa” é o que vive o brasileiro, com seu emprego em risco, tendo de pagar mais impostos, assistindo à estagnação do consumo, à queda da produção, à recessão, ao PIB em baixa neste ano e nos próximos. Em síntese foi um erro de estratégia do lulopetismo em se eternizar do poder.
Antônio Scarcela Jorge.

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