PESSIMISMO DO BRASILEIRO SOBRE A
RENDA AUMENTA EM AGOSTO.
CNI aponta que 57% das famílias alteraram seus hábitos de consumo em função do cenário econômico.
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria
(CNI) aponta que 57% dos brasileiros já alteraram seus hábitos de consumo ou
planejamento financeiro em função do cenário econômico atual. Em relação à
crise financeira internacional, iniciada em setembro de 2008, o resultado é 27
pontos percentuais superior, com base na percepção apurada em março de 2009.
Segundo a pesquisa, 90% afirmam que passaram a
pesquisar mais os preços antes das compras. Em busca de preços menores, 77% garantem
que mudaram o local das compras. As trocas de produtos por similares mais
baratos é um hábito de 72%.
Conforme os resultados do levantamento da CNI, 74% das
famílias reduziram as despesas da casa porque o dinheiro estava curto. Entre as
consequências desta mudança, 63% afirmaram que adiaram a compra de bens de
maior valor.
O consumo de 11 entre 13 tipos de bens e serviços teve
redução nos últimos 12 meses. As despesas que tiveram maior redução de demanda,
segundo os entrevistados, foram as atividades de lazer, restaurantes e carne
vermelha.
Trabalho
Além do pessimismo, pouco mais da metade da população
acredita que a situação econômica vai piorar nos próximos 12 meses. Os
entrevistados revelaram pouco ou nenhum otimismo em relação ao mercado de trabalho.
De acordo com o levantamento, 76% se dizem preocupados em ficar sem ocupação,
perder o emprego ou ter que fechar seu negócio nos próximos 12 meses.
As famílias em que algum integrante perdeu o emprego
apontaram que estão em busca de alternativas de geração de renda. Nos últimos
12 meses, 48% dos brasileiros buscaram trabalho extra. Em 40% dos domicílios,
pessoas que estavam fora do mercado de trabalho tiveram que voltar a trabalhar
para ajudar com os gastos da casa.
Grupo formado em maioria pelos jovens, 24% dos
entrevistados busca qualificação profissional por medo de não conseguir
emprego.
Endividamento
A inflação reduziu o poder de compra, avaliam 42% dos
entrevistados. Os mais afetados estão no Sul e Sudeste, onde 65% a população
garante que sua renda não é mais o suficiente para suas despesas habituais.
Segundo o levantamento, 60% apontam que retração do
poder de compra dificultou o pagamento de contas com aluguel, água, luz,
telefone, compras do mês, aluguel ou prestações da casa própria.
A maior parte de quem possuiu dívidas, ou 53% desse
grupo dos entrevistados, informou que não planejou o endividamento.
Fonte: Agência Brasil.
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