COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.“TRAPAÇAS DO GOVERNO - O DITO POR NÃO DITO”.
Nobres:
O governo abandonou a idéia da CPMF, mas não desistiu em
criar um imposto temporário para, no dizer do ministro da Fazenda, ajudar a
fazer a travessia até que o país complete as reformas estruturais e saia da
crise. É uma notícia que os brasileiros não esperavam, depois das informações
desencontradas da presidente da República com sua própria equipe, em especial o
senhor Joaquim Levy. O ministro tem dito nos últimos dias, em entrevistas e
encontros com investidores no Exterior, que o Brasil deve fazer o que os países
em dificuldades geralmente fazem, ou seja, aumentar impostos, mesmo que
temporariamente, para depois desfrutar da estabilidade. O titular da Fazenda
reafirma o que vem sendo dito pela presidente, mas corrige uma informação
conflitante, que chegou a ampliar o clima de desconfiança dos empresários no
governo. Reafirma o ministro que o governo irá perseguir o superávit das contas
no próximo ano, e não um déficit, como foi desastradamente anunciado. Baseado
nessa meta, em que receitas deverão superar despesas, é que ressurge a idéia do
imposto de travessia, mesmo que até agora essa intenção não tenha detalhamento.
O setor produtivo e a população em geral, que no fim arcam com os custos dos
impostos, devem se preparar para mais uma batalha de cidadania, na tentativa de
fazer com que a nova carga tributária dita temporária seja trocada por alternativa,
que passe pelo controle de gastos. Impostos provisórios, muitos incorporados à
estrutura fiscal, deveriam deixar de ser um recurso fácil para o enfrentamento
de desequilíbrios. Os brasileiros esperam mais de um ministro aparentemente
fortalecido depois dos desencontros palacianos, para que a sociedade não volte
a ser punida pelos erros governamentais em função dos atos escusos provocado
pelos últimos governos do “imperialismo corrupto do comandante Lula”.
Antônio
Scarcela Jorge.
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