Presidente da Câmara pode aceitar ou recusar os pedidos.
Ele disse que análise 'é parte do juízo decisório que estamos fazendo'.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
disse nesta segunda-feira (28) que vai despachar nesta semana alguns pedidos de
impeachment da presidente Dilma Rousseff protocolada
na Casa. Cabe ao presidente da Câmara aceitar ou rejeitar os pedidos. Caso ele
aceite, uma comissão especial é criada para deliberar sobre o processo de impeachment.
Cunha deu a declaração no Rio de Janeiro, ao ser
questionado por jornalistas sobre o tema. Ele foi à cidade participar de evento
na Assembléia Legislativa.
"Eu vou despachar alguns pedidos de impeachment e
isso é parte do juízo decisório que estamos fazendo", afirmou o presidente
da Câmara. Os jornalistas então perguntaram quando. "Nesta semana. Esta
semana já despacho alguns", completou Cunha.
No início de agosto, ele arquivou
quatro pedidos de abertura de processo de impeachment da presidente,
por não cumprirem requisitos formais.
Recriação
do PL.
Cunha também foi questionado sobre a tentativa de
recriação do Partido Liberal (PL). Partidos da base aliada de Dilma Rousseff,
principalmente o PMDB, atribuem a
Gilberto Kassab, ministro das Cidades, a tentativa de recriar o PL, como
estratégia para aumentar o apoio à petista no Congresso. A idéia seria fundir o
partido futuramente com o PSD, que Kassab criou em 2011 após sair do DEM, que
faz oposição ao PT.
O PL ainda não conseguiu registro no TSE. Para
disputar as eleições de 2016, precisa do registro um ano antes do pleito, que
será em 5 de outubro.
Pela lei atual, um político que queira migrar de
partido para concorrer nas eleições tem que fazer a mudança um ano antes. No
entanto, o projeto da reforma política que deve ser sancionado nesta semana por
Dilma, entre outras alterações, diminui o prazo de migração para seis meses. A
expectativa no meio político é que Dilma vete alguns pontos do texto.
"Ele Kassab recriar o PL é um problema dele.
Agora, recriar o PL com a alternativa de ser predador na base, como ele quis
fazer com outros partidos...", criticou Eduardo Cunha, sem concluir a
frase.
Cunha falou também sobre a expectativa de Dilma vetar
pontos do projeto. O presidente da Câmara disse que prefere que Dilma apresente
os eventuais vetos antes de quarta-feira (30), para que eles possam ser
analisados por sessão do Congresso marcada para o mesmo dia. O Congresso tem o
poder de derrubar vetos da presidente.
"Essa sanção desse veto do projeto da lei
infraconstitucional da legislação eleitoral já devia estar publicado, até
porque nós temos sessão de vetos no Congresso na quarta-feira e gostaríamos de
apreciá-los", concluiu Cunha.
Fonte: G1 – RJ.
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