COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.
“LESIONADA” A ESPERANÇA.
Nobres:
Tem gente que
afirma categoricamente de que Lula retornará a presidência da República, não
hesitamos que uma nação que elegeu Fernando Collor de Melo, dentre os
consideráveis candidatos que concorreram à eleição presidencial direta de 1989,
derrotando as demais candidaturas de Ulysses, Covas e Aureliano que
contribuíram diretamente com a retomada da excelência de democracia deste país.
Dentre este aspecto, “a nação corrupta do lulopetismo” já aposta na
possibilidade de Lula voltar à Presidência em 2018. É uma hipótese, por demais
deprimida, pode acontecer de acordo com as benções de pessoas inábeis
chancelado pelo “Bolsa (voto) Família”, uma fábrica moderna renovada do curral eleitoral
brasileiro, também alimentado pelos que defendem com ardor, por vários
segmentos da sociedade ética que vem aturar as conseqüências diante de ações
corruptas dos xiitas lulismo. Isso é possível acontecer pelos antecedentes de
que os políticos costumeiramente nos propiciaram. Com Lula teremos mais quatro
anos andando para trás. Mais quatro anos de atraso. O Brasil vai demorar muito
tempo para se recuperar desses governos petistas. Se recuperar: O PT, com seu
discurso de "Elite Branca x Pobres Pretos", conseguiu instaurar no
país um clima de animosidade irracional que não será desfeito tão facilmente. E
o pior é que a disputa não é entre a Elite Branca e os Pobres Pretos. A disputa
é bem mais rasa, entre governistas e antigovernistas. Não é disputa por
ideologia. É por poder. Lula gosta de se comparar a Getúlio, e ele tem razão.
Ambos foram responsáveis por rompimentos do natural processo evolutivo da
democracia brasileira. Getúlio deu um golpe num processo democrático regular
que vinha desde Floriano Peixoto e daí, os getulistas modernos, que
(assombrosamente) os há, gritam que na época havia fraude eleitoral e que a
política "café com leite" revezava as elites paulista e mineira no
poder. É verdade. Nenhuma democracia nasce pronta. Nenhuma democracia talvez
nunca fique pronta. Prontas são as ditaduras. As democracias vão se
aperfeiçoando com o exercício democrático, que não é só exercício do voto, é o
exercício da convivência das diferenças. Quanto à atual presidente o seu
comportamento é absolutamente respeitoso com a democracia. Por mais acuada, por
mais agredida, por mais ameaçada que esteja ela nunca deu uma única declaração
que arranhasse a normalidade da regra democrática, como Lula faz amiúde. “O
chefão” está muito mais comprometido com o projeto de poder do seu grupo do que
Dilma. Finalmente, o grupo é dele mesmo! Foi nessa condição que Lula golpeou a
democracia brasileira, embora de forma muito menos contundente do que Getúlio.
Externamente, Getúlio se associou aos ditadores da época, como Perón. Tentou
até se consorciar a Hitler e Mussolini, mas foi dissuadido pelos dólares
americanos. Já Lula se associou aos cubanos, à Venezuela, à Argentina.
Internamente, Getúlio fundou o peleguismo sindical. Que é um dos pontos de
apoio de Lula. Lula conseguiu chegar ao poder pelo voto, como Getúlio em 1950.
Lula começou bem, com a ampliação de programas sociais, e a manutenção da
política econômica estabelecida pelo Plano Real. A impressão era de que o
Brasil havia entrado num caminho de melhora sistemática e de possível solução
de seus dramas históricos. Aí se deu a traição. Nesse momento. Um presidente
operário, simpático à população, com prestígio em todo o mundo, comandando um
país com economia em ascensão, com uma indústria diversificada e uma agricultura
poderosa, esse presidente e esse país podiam empreender as difíceis e
necessárias reformas da escola pública, do sistema federativo, tributário,
previdenciário e penal, poderiam, com muito esforço e pouco sacrifício,
construir uma nação. Mas Lula tinha o seu projeto particular. Tinha o seu
grupo. Foi a eles que Lula dedicou seu empenho. E o Brasil ficou para trás.
Esse tempo perdido não será recuperado sem dor. O nosso Brasil perdeu muito por
causa de Lula. E o pior nem foram às perdas na economia e na política. O pior
foi à perda de esperança.
Antônio
Scarcela Jorge.
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