DEMORA DO GOVERNO PARA SANCIONAR REFORMA POLÍTICA GERA 'CRISE',
DIZ CUNHA.
Dilma teria adiado sanção a fim de
favorecer criação do Partido Liberal.
Para presidente
da Câmara, Palácio do Planalto comete 'trapalhada'.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
afirmou nesta terça-feira (28) que a presidente Dilma Rousseff cria uma
"crise política desnecessária" ao demorar a sancionar o projeto de
lei da reforma política aprovado pelo Congresso Nacional. A demora em liberar a
proposta é de interesse do PSD, que quer favorecer a criação do Partido Liberal
(PL).
Pela legislação atual, parlamentares podem migrar para
uma nova legenda até 30 dias após a criação do partido. A proposta de reforma
política, que aguarda sanção de Dilma, só permite a migração no sétimo mês
anterior às próximas eleições e somente para deputados e senadores que
estiverem no último ano do mandato.
Segundo deputados do próprio PSD, o ministro das
Cidades, Gilberto Kassab, presidente nacional do
partido, teria pedido à presidente Dilma que adiasse ao máximo a sanção do
projeto de reforma política, que estava prevista para ocorrer na última sexta,
para que desse tempo de o PL ser criado.

“Adiar a sanção por causa disso criou uma nova crise
desnecessária. Eles são experts em criar crise ou reviver a crise, quem nem a
nova ‘Vale a pena ver de novo’. Não sei quem é responsável pela trapalhada, mas
alguém é, porque jabuti não sobe em árvore”, afirmou Eduardo Cunha.
Caso Dilma vete o trecho que fala da migração para
novos partidos, os parlamentares podem derrubar o veto na sessão conjunta do
Congresso Nacional prevista para a manhã desta quarta-feira (30). Assim, a
expectativa é de que a sanção da presidente seja feita somente após a sessão e
publicada no "Diário Oficial da União" na quinta, 1º de outubro.
Fusão.
“Isso está na raiz da crise política que estamos
vivendo, a tentativa de criar partidos artificiais e a base, tirando dos
partidos convencionais. É uma forma artificial de criar uma base política.
Voltar a esse tema a ponto que atrapalhe a sanção da lei que vai valer para as
eleições do ano que vem é um absurdo. E o governo está de novo concordando com
artificialismo de criar novo partido para consolidar a base. Isso significa que
eles não aprenderam nada com a crise política”, criticou o peemedebista.

"Os líderes colocaram para a presidente que é
preciso urgência a decisão sobre a matéria. A expectativa deles é que a
presidente só vete o trecho que autoriza financiamento privado de campanha",
afirmou.
Fonte: Agência O Globo.
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