DÓLAR OPERA EM ALTA E PASSA DE R$ 4 PELA PRIMEIRA VEZ NA
HISTÓRIA.
Mercados aguardam votação de
vetos em 'pauta bomba' no Congresso.
Nas casas de câmbio, moeda chega a R$ 4,50.
O dólar opera em alta nesta terça-feira (22) e passa a
máxima histórica de R$ 4. A alta vem na esteira das preocupações do mercado com
votações no Congresso e com a possibilidade de o Federal Reserve, o banco
central dos Estados Unidos, elevar os juros este ano.
A cotação desta terça é a mais alta já registrada
desde a criação do real. Em 10 de outubro de 2002, o dólar chegou a ser vendido
a R$ 4 durante o pregão, mas desacelerou a alta e fechou naquele dia a R$ 3,98.
A moeda norte-americana também tem forte alta contra
as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Nas casas de câmbio, a disparada do dólar já mostra
seus reflexos. Na manhã desta terça-feira, a cotação chegava a R$ 4,50 no
cartão pré-pago, com o IOF de 6,38% incluído, na Confidence Câmbio. Em espécie,
a moeda sai por R$ 4,27. Na cotação, o dólar chegava a R$ 4,489 no cartão e a
R$ 4,276 em espécie (ambos com imposto incluído). Na Vips Turismo, os valores
eram de R$ 4,22 e R$ 4,45, respectivamente.
Gastos no
exterior.
Votações.
"Essas dificuldades que o governo enfrenta no
Congresso deixam o país quase ingovernável do ponto de vista fiscal",
disse o operador da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.
Juros dos
EUA.
Os mercados temem ainda que o Fed eleve as taxas de
juros dos Estados Unidos. A elevação da taxa, mantida nas mínimas históricas
desde a crise financeira internacional, deverá atrair recursos para os EUA,
retirando dólares do Brasil – e incentivando a alta na cotação da moeda.
O dólar subia globalmente após declarações de uma
série de integrantes do Federal Reserve, banco central norte-americano,
ressaltarem que podem dar início ao aperto monetário ainda neste ano, após
postergar na semana passada esse movimento em meio a preocupações com a
economia global.
Ação do BC.
Na segunda-feira, o Banco Central fez um leilão de
venda de US$ 3 bilhões com compromisso de recompra. Mas a medida não foi
suficiente para frear a alta na cotação do dólar frente ao real: a moeda
terminou o dia em alta de 0,57%, vendida a R$ 3,9809. No mês e
no ano, há alta acumulada de 9,75% e 49,73%, respectivamente.
O salto da moeda dos EUA alimentava nas mesas de
câmbio que o Banco Central pode ampliar ainda mais sua intervenção, uma vez que
cotações mais altas tendem a pressionar a inflação. Na véspera, o BC realizou
leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, mas o dólar ainda
marcou o segundo maior fechamento contra o real na história. E não anunciou
leilão de linha para esta sessão até o momento.
"(Resta) ao BC achar alguma saída para conter a
desvalorização do real, pois leilão de linha não faz mais preço", escreveu
o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Guilherme França
Esquelbek.
O BC dá continuidade à rolagem dos swaps cambiais que
vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda
futura de dólares.
Expectativas.
Segundo dados do boletim Focus, do Banco Central, a
estimativa dos analistas dos bancos é que a valorização do dólar perca força. A
projeção do mercado financeiro é que a taxa de câmbio chegue ao final do ano em R$ 3,86 por
dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas
para a taxa de câmbio subiu de R$ 3,80 para R$ 4.
Fonte: G1 – SP.
A SESSÃO COMO SEMPRE NÃO DEU EM NADA - ÊTA CAMBADA !
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