CHILE APÓS FORTE TERREMOTO.
Tremor
causou a morte de pelo menos 8 pessoas e tirou 1 milhão de casa.
Ondas de até 4,5 metros atingiram a cidade de Coquimbo.
O governo do Chile cancelou na manhã desta
quinta-feira (17) o alerta de tsunami que havia sido emitido para todo o país
nesta quarta-feira (16) após o forte terremoto
registrado na costa chilena. O alerta tinha sido mantido na madrugada apenas nas
regiões do Atacama e de Coquimbo, mais próximas ao epicentro, mas foi
totalmente retirado nesta manhã pelo Escritório Nacional de Emergência do Chile
(Onemi), vinculado ao Ministério do Interior e de Segurança Pública
Pelo menos oito pessoas morreram, há um número ainda
incerto de desaparecidos e dezenas ficaram feridas no terremoto. Mais de um
milhão de pessoas tiveram que deixar suas casas.
O alerta vermelho que foi decretado pelo governo também foi reduzido pelas autoridades, se tornando um alerta amarelo, menos nas regiões do Atacama e de Coquimbo.
A presidente chilena, Michelle Bachelet, decretou zona
de catástrofe para as províncias de Choapa, Canela, Los Vilos e para a comuna
de Coquimbo, próximas do epicentro, o que significa que as áreas estão sob
comando militar e o Estado destinará mais recursos para atender a emergência.
O tremor inicial foi às 19h54 (hora local, mesma de
Brasília) e houve pelo menos 11 réplicas de tremores com magnitude maior que
4,4, de acordo com o serviço sismológico chileno. De acordo com o Centro
Nacional de Sismologia da Universidad de Chile, o sismo teve seu epicentro
localizado 36 quilômetros ao oeste da cidade de Canela e a 11 quilômetros de
profundidade. O epicentro do tremor fica no mar, a 243 km de Santiago e a pouco
mais de 10 km da costa.
Na manhã desta quinta, houve uma nova réplica, de
magnitude 5,4, sem potencial para gerar alerta de tsunami.
Danos e
efeitos.
O Onemi informou que na cidade litorânea de Coquimbo,
no norte do país, chegaram ondas de 4,5 metros, enquanto em Val paraíso, o
principal porto do Chile, a ressaca chegou perto de dois metros.
As ondulações também atingiram a Ilha de Páscoa,
situada a 3.700 quilômetros do continente, e o arquipélago Juan Fernández, onde
a população que vive em áreas de risco se refugiou em pontos mais elevados das
ilhas.
Na cidade litorânea de Dichato, no sul, que foi
destruída em quase 70% no terremoto de 2010, as ondas avançaram cerca de 30
metros e causaram danos em vários estabelecimentos comerciais.
Cristian Galleguillos, prefeito de Coquimbo, no norte
do país, confirmou que vários ocupantes de um veículo estão desaparecidos
depois que fortes ondulações avançaram mais de 500 metros além da margem
litorânea.
Várias distribuidoras de energia elétrica informaram
que o terremoto provocou a interrupção do fornecimento para milhares de
clientes em suas áreas de concessão.
A companhia aérea LAN indicou que alguns de seus voos
poderiam sofrer atrasos por causa das réplicas do terremoto e anunciou que seu
pessoal está acompanhando constantemente a situação para retomar suas operações
o mais rápido possível.
O Peru, país vizinho, também emitiu alerta de tsunami
nesta quarta, que foi posteriormente cancelado. O Centro de Alerta de Tsunami
do Pacífico (PTWC) afirma que ondas de até 3 metros podem chegar até a costa da
Polinésia Francesa. O alerta também foi mantido para o Havaí.
Bachelet anunciou que viajará nas próximas horas para
a região mais afetada pelo forte terremoto que atingiu grande parte do centro e
de norte do país. "Sabemos que há cidades onde há muitas casas que tiveram
danos importantes e queremos fazer uma avaliação precisa no terreno",
acrescentou a chefe de Estado.
Equipes das Forças Armadas e da polícia militar
chilena estão supervisionando a região afetada com o auxílio de helicópteros
para determinar a magnitude dos prejuízos causados pelo abalo sísmico, que
afetou, sobretudo, às regiões de Val paraíso, no centro, e Coquimbo, no norte
do país.
"As medidas foram tomadas muito rapidamente, o
foco foi à proteção das pessoas e o esvaziamento das áreas litorâneas",
detalhou a presidente, que acrescentou que essa decisão foi tomada devido ao
risco de tsunami.
O terremoto aconteceu às vésperas de um feriado
prolongado nacional. Sobre isso, a presidente comentou que as autoridades
"avaliarão nesta quinta a pertinência das atividades das festividades
nacionais".
Fontes: Reuters e G1.
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