Cortes não aumentarão apoio a Dilma e enfraquecerão sua base tradicional.
A presidente Dilma Rousseff está entre dois fogos e
pode não agradar a nenhum dos lados. Ela passou o fim de semana reunida com ministros da área econômica
estudando os novos cortes que fará no Orçamento.
Mesmo sendo forte e atingindo gastos até de programas
sociais, vitrines do governo, eles chegam tardiamente. O país já foi rebaixado
e começa a enfrentar as consequências disso na economia.
Esses cortes, dificilmente, reduzirão as resistências
dos que defendem o reequilíbrio fiscal. Além de tardios, eles não serão
suficientes para eliminar o déficit no Orçamento e, por isso, o governo terá
que propor impostos.
O influente jornal inglês "Financial Times"
definiu o Brasil como uma “bagunça” do ponto de vista econômico. Para o jornal,
se o país fosse um paciente, os médicos o diagnosticariam com uma doença terminal.
O problema para Dilma é que os cortes nos programas
sociais podem ajudar um pouco na economia, mas erodir ainda mais o apoio da
presidente junto às bases tradicionais do PT, o seu partido.
Em entrevista ao jornalista Jorge Bastos Moreno, de
"O Globo", o ex-governador gaúcho Tarso Genro (PT) defendeu que a
presidente mude a política econômica. O MST quer que Dilma implante o programa
que a elegeu.
No caso, os cortes dos gastos ajudam a tirar o governo
da paralisia decisória, problema que marca seu segundo mandato desde o início,
mas não aumentarão o grau de aceitação política da presidente.
Fonte: Agência Brasil.
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