COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
ECONOMIA
GLOBALIZADA.
Nobres:
Mesmo sem citar as conseqüências desastrosas
direcionadas a economia do país, o fiel avalista do que resta de credibilidade
no governo mais impopular da história do país, o ministro Joaquim Levy vem
amplificando os sinais de que está desconfortável com as hesitações do
Executivo e com recentes episódios em que foi desautorizado pela presidente.
Depois de um longo período de inércia do Planalto, só o que não pode acontecer
é o desperdício da chance de correção de rumos e a eventual desistência do
ministro, por falta de apoio político. Foi esse o risco que o governo correu
nesta semana, com os indícios de que Joaquim Levy não conta com o respaldo que
merece, por parte da presidente da República, à sua dedicação ao ajuste fiscal.
Como uma questão meramente financeira ou empresarial, a permanência de Joaquim
Levy não pode ser uma preocupação apenas do setor produtivo, mas de todas as
áreas, inclusive dos trabalhadores, engajadas no esforço pela recuperação das
empresas, do emprego e da capacidade de consumo da população. É positivo que,
logo depois das reuniões que definiram a permanência de Levy, a presidente da
República tenha vindo para manifestações mais decididas de apoio ao seu
ministro, quando defendeu a necessidade de superávit primário em 2016. Cortar
despesas e qualificar os gastos governamentais significa não só referendar as
bases do plano de Levy, mas trabalhar no sentido de evitar que o país perca o
grau de investimento e dos riscos e tenha seu futuro comprometido também pela
desconfiança internacional e contanto assegurar o pouco que tem.
Antônio
Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário