COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.DESCONFIANÇA GENERALIZADA.
Nobres:
Chegou ao limite no seio da sociedade em interesse da
desconfiança atribuída no governo ultrajada a inexistência da ética, moral
oriunda das ações corruptas dos governos lulista em que gerou diretamente na
crise econômica em que o país experimenta resultando no roubo escancarado por
aliados do governo e do PT. Iteramos serem corretas as avaliações da conjuntura
nacional que levam em conta a falta de confiança na capacidade de reação e de
articulação do governo. É o sentimento de empresários e economistas, para os
quais o Executivo deveria ser o primeiro a transmitir segurança a quem
empreende e corre o risco de tomar decisões. o governo, ao invés de inspirar
confiança, vem passando insegurança ao setor produtivo. Há na reflexão uma
referência direta ao impasse do ajuste nas contas públicas, ao quais vários
economistas se expressam em comunhão ao se referir como “tragédia fiscal”. O “aviso”
reforça a sensação de que o governo continua titubeante em relação ao ajuste,
enquanto pede determinação de quem produz. É uma contradição a ser superada,
sob pena de agravar ainda mais a situação do país. A presidente da República se
quiser se libertar das amarras dos corruptos e dos incompetentes que a cerca,
no enquanto, mesmo ainda consideramos tarde, mas em hipótese, deveria buscar o
convencimento da sociedade sobre as razões do ajuste fiscal, que considera
indispensável, ainda que não suficiente, “criar as condições mínimas de
credibilidade do governo”. Não há como fazer a correção drástica de rumos na
economia, a começar pelo equilíbrio fiscal, sem que os condutores da política
oficial transmitam clareza e determinação ao setor produtivo. Se o próprio
governo é incapaz de dizer a empresas e trabalhadores que acredita no que
propõe, fica difícil cobrar mobilização para que o país saia da recessão. A
presidente deveria abandonar a soberba e ser mais receptiva a alertas como
esse, se não, fatalmente vai cair, “coisa” que somente ela não acredita e seus
“aliados por aluguel”, fingem acreditar, ora que, as mensagens governistas
sejam unificadas e haja um mínimo de coerência entre o discurso e os estilos quem
deveriam ser de ações governamentais.
A convivência entre Dilma Rousseff e Michel Temer
sempre foi marcado pela frieza e desconfiança. A presidente teve de engolir a
indicação de Temer para vice na eleição de 2010. O PT precisava de apoio do
principal partido no Congresso, o PMDB, para conseguir governar. Aliás, pelo
sistema atual, nenhum governo sobrevive sem os peemedebistas. Ele passou o
primeiro mandato na berlinda, enquanto ela surfava na popularidade alta. O
menosprezo da presidente por Temer era evidente em solenidades, discursos e
reuniões internas. Uma ojeriza por alguém que é mestre em articular, tramar.
Político tarimbado que é, Temer manteve o semblante de esfinge e não alterou o
tom de suas frases milimetricamente calculadas. O vice-presidente alijado do
primeiro mandato não existe mais. Com o aprofundamento da crise, é ele quem
agora se distancia estrategicamente da presidente. Considerado um dos políticos
mais habilidosos do país a sua capacidade de estar há décadas próximo do poder
é a comprovação disso Temer já fez pelo menos três movimentos nas últimas
semanas que mostram, no mínimo, a intenção de não se deixar contaminar pela
crise. Primeiro disse que o país precisa de “alguém que tenha a capacidade de
reunificar a todos”. Se realmente quisesse se referir a Dilma como sendo esse
“alguém”, bastava ter citado o nome dela, evitando a polêmica e a deterioração
da sua relação com a presidente. O segundo passo foi deixar a articulação
política. E, por fim, ter deixado vazar o seu aborrecimento ao saber que Dilma,
sem informá-lo, havia reunido um grupo de ministros para debater a volta da
CPMF. Ao receber posteriormente um telefonema da presidente pedindo a sua ajuda
na articulação para aprovar a volta do imposto, Temer se recusou e “sugeriu”
que ela mesma a fizesse. Com um governo cada vez mais fragilizado, o
afastamento de Temer é um sintoma de que ele pretende se preservar
politicamente para uma eventual renúncia ou impeachment da presidente. Em
qualquer uma das hipóteses, quem assume o comando do país é o vice. É uma
consolidação absoluta.
Antônio
Scarcela Jorge.
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