A presidente Dilma Rousseff
reconheceu nesta quarta-feira que, apesar da vitória nas urnas em outubro ter
lhe concedido um novo mandato, terá de propor mudanças e reformas nos próximos
quatro anos de governo.
As mudanças a serem implantadas,
segundo Dilma, terão como centro a aceleração com o crescimento, o combate à
inflação, a responsabilidade fiscal, a expansão da renda, do emprego e da
inclusão social. “O governo, apesar de ter uma presidente reeleita, tem que ser
um governo que proponha mudanças e reformas”, disse a presidente durante
encontro com lideranças do PSD, no Palácio do Planalto, primeiro evento público
desde sua reeleição.
Ao citar a reforma política e a
reforma tributária como medidas necessárias para o país, Dilma reafirmou a
necessidade de dialogar com diversos setores e partidos e disse que o principal
espaço para o diálogo é o Congresso Nacional.
“É lá, principalmente, que se
dará a relação entre o governo e os partidos. Essa relação para mim é uma relação
estratégica”, disse, referindo-se ao Legislativo como um “espaço privilegiado
de articulação política”.
Dilma foi alvo de críticas
durante o primeiro mandato pela falta de aproximação com partidos e políticos
de sua ampla base. No primeiro discurso após a votação de 26 de outubro, em que
ela teve uma vitória apertada sobre o senador Aécio Neves (PT MG), a presidente
propôs diálogo e defendeu a necessidade de uma reforma política por meio de
plebiscito.
Desta vez, no entanto, a
presidente tomou o cuidado para deixar claro que o governo não tem a “fórmula
pronta” para efetivar a reforma política e que terá de passar, inevitavelmente,
pelo Congresso.
Ao defender novamente a
necessidade de se fazer essa reforma, Dilma exaltou a “sobriedade pedagógica”
do PSD por pregar a busca pelo consenso e pela “construção de pontes” e
reconheceu como um “exemplo” a ser seguido.
Para a presidente, o PSD auxilia
o governo por ocupar um espaço mais ao centro, onde “os diferentes conflitos da
sociedade podem ter solução”.
O PSD, criado por Kassab, não se
posiciona nem à esquerda nem à direita e bem no início de sua formação optou
pela neutralidade em relação ao governo. Tendo um de seus integrantes como
ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, no entanto, foi o primeiro
partido a declarar apoio formal à candidatura à reeleição da presidente.
O ex-prefeito de São Paulo não
descartou a formação de bloco ou frente partidária com siglas alinhadas à
posição do PSD, incluindo PL, ainda em formação.
SABER PERDER
Dilma aproveitou afirmação do
líder do PSD na Câmara, Moreira Mendes (RO), de que é preciso “desmontar
palanques” para dizer que faz parte do “jogo democrático” ganhar ou perder.
“Qualquer tentativa de retaliação
por parte de quem ganhou ou ressentimento por parte de quem perdeu é uma
incompreensão do processo democrático e mais, criaria no Brasil um quadro
caótico”.
O PSDB havia pedido uma auditoria
do processo eleitoral ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enquanto alguns
militantes anti-PT chegaram a fazer manifestações após a eleição de Dilma e
defender o impeachment da presidente e intervenção.
Em sua primeira aparição no
Congresso, após a eleição, Aécio declarou que respeita a democracia e que se o
governo quiser dialogar, como propôs Dilma no discurso após a confirmação de
sua vitória, terá de demonstrar por meio de gestos “objetivos e claros sobre em
que direção quer caminhar”.
Fonte: Reuters.
OPINIÃO
“PÁGINA
OFICIAL DO PT”.
-UTÓPIA – UMA FORMA DE ENGANAR O BRASILEIRO QUE ADORA ISTO!
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