sábado, 15 de novembro de 2014

LADROAGEM: CORPORATIVISMO DO GOVERNO

 OPERAÇÃO LAVA-JATO

PELO MENOS, 21 PESSOAS PRESAS.

Houve o bloqueio de bens pertencentes a 36 investigados que são ligados a grandes empreiteiras.

São Paulo/ Curitiba. Parte dos presos na sétima fase da Operação Lava-Jato, deflagrada ontem pela Polícia Federal (PF) foi levada para Curitiba. A condução das investigações está sendo feita pela superintendência da PF do Paraná. O avião Embraer 147 da PF saiu de Brasília à tarde, passou por São Paulo e Rio de Janeiro, de onde seguiu para Curitiba (PR).
De acordo com a PF, o objetivo da operação é "desarticular organizações criminosas que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro em diversos estados da Federação". Pelo balanço divulgado no início da noite de ontem, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão, sendo 29 em São Paulo, 11 no Rio de Janeiro e os demais em Recife, Jundiaí (SP), em Santos (SP), Curitiba, Belo Horizonte e no Distrito Federal.

Na sétima fase da Operação Lava-Jato houve o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados.

Foram também expedidos nove mandados de condução coercitiva, seis deles cumpridos em São Paulo, no Recife, Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Todos foram encaminhados à delegacia, ouvidos e liberados.

São Paulo teve ainda quatro mandados de prisão preventiva cumpridos e seis de prisão temporária. Também foram presos temporariamente uma pessoa em Osasco (SP), uma em Santos (SP), quatro no Rio de Janeiro e uma em Salvador, cujo mandado estava previsto para ser cumprido em São Paulo. Ontem à noite, mais uma pessoa se apresentou no Rio de Janeiro.

Ex-diretor

A Polícia Federal em Curitiba confirmou a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e de mais 20 pessoas, de forma temporária e preventiva. Os investigados tiveram os nomes inscritos no sistema de procurados e impedidos da PF e estão proibidos de deixar o país, entre eles, o lobista Fernando Baiano, citado nas investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.

De acordo com a PF, alguns executivos das sete maiores empreiteiras do país, mantinham, nas últimas semanas, atitudes suspeitas, prevendo que poderiam ser alvo de uma operação policial. Segundo o delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela operação, essas pessoas viajam com frequência. "Alguns vinham saindo do país com frequência ou dormiam em hotéis, apartamentos nitidamente com caráter de não permanecer (nas residências fixas). Isso se comprovou hoje com alguns sendo encontrados em outras cidades", afirmou.

Ao todo, sete empreiteiras, com contrato de mais de R$ 59 bilhões com a Petrobras foram alvo da operação. "São aquelas em que o material apreendido e as quebras de sigilo dão material robusto para mostrar o envolvimento delas na formação de cartel, desvio de recursos para corrupção de agentes públicos", disse o delegado. Segundo a PF, os executivos presos participaram diretamente da celebração de contratos com a Petrobras.

Dos 25 mandados de prisão, 21 foram cumpridos Petrobras
Renato de Souza Duque (ex-diretor de serviços da estatal)

Camargo Corrêa

Eduardo Leite

OAS

José Ricardo Nogueira Breghirolli.
Mateus Coutinho de Sá Oliveira
Alexandre Portela Barbosa
José Aldemário Pinheiro Filho, presidente.
Agenor Medeiros

Engevix (empresa que presta serviços de engenharia)

Gerson de Mello Almada, vice-presidente
Carlos Eduardo Strauch Albero
Newton Prado Júnior

Galvão engenharia

Erton Medeiros Fonseca
UTC (empresa de engenharia)
Ednaldo Alves da Silva
Ricardo Ribeiro Pessoa
Walmir Pinheiro Santana
Carlos Alberto Costa Silva

IESA

Otto Garrido Sparenberg, diretor
Valdir Carreiro

Queiroz Galvão

Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor
Ildefonso Colares Filho, diretor-presidente
Subordinado do doleiro Alberto Youssef
Jayme Alves de Oliveira Filho
Fonte: Policia Federal.


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