PELO MENOS, 21 PESSOAS PRESAS.
Houve o bloqueio de bens pertencentes a 36 investigados que são ligados
a grandes empreiteiras.
São
Paulo/ Curitiba. Parte dos presos na sétima fase
da Operação Lava-Jato, deflagrada ontem pela Polícia Federal (PF) foi levada
para Curitiba. A condução das investigações está sendo feita pela
superintendência da PF do Paraná. O avião Embraer 147 da PF saiu de Brasília à
tarde, passou por São Paulo e Rio de Janeiro, de onde seguiu para Curitiba
(PR).
De acordo com a PF, o objetivo da
operação é "desarticular organizações criminosas que tinham como
finalidade a lavagem de dinheiro em diversos estados da Federação". Pelo
balanço divulgado no início da noite de ontem, foram cumpridos 49 mandados de
busca e apreensão, sendo 29 em São Paulo, 11 no Rio de Janeiro e os demais em
Recife, Jundiaí (SP), em Santos (SP), Curitiba, Belo Horizonte e no Distrito
Federal.
Na sétima fase da Operação
Lava-Jato houve o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens
pertencentes a 36 investigados.
Foram também expedidos nove
mandados de condução coercitiva, seis deles cumpridos em São Paulo, no Recife,
Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Todos foram encaminhados à delegacia,
ouvidos e liberados.
São Paulo teve ainda quatro
mandados de prisão preventiva cumpridos e seis de prisão temporária. Também
foram presos temporariamente uma pessoa em Osasco (SP), uma em Santos (SP),
quatro no Rio de Janeiro e uma em Salvador, cujo mandado estava previsto para
ser cumprido em São Paulo. Ontem à noite, mais uma pessoa se apresentou no Rio
de Janeiro.
A Polícia Federal em Curitiba
confirmou a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e de
mais 20 pessoas, de forma temporária e preventiva. Os investigados tiveram os
nomes inscritos no sistema de procurados e impedidos da PF e estão proibidos de
deixar o país, entre eles, o lobista Fernando Baiano, citado nas investigações
como agente do PMDB no esquema criminoso.
De acordo com a PF, alguns
executivos das sete maiores empreiteiras do país, mantinham, nas últimas
semanas, atitudes suspeitas, prevendo que poderiam ser alvo de uma operação
policial. Segundo o delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela
operação, essas pessoas viajam com frequência. "Alguns vinham saindo do
país com frequência ou dormiam em hotéis, apartamentos nitidamente com caráter
de não permanecer (nas residências fixas). Isso se comprovou hoje com alguns
sendo encontrados em outras cidades", afirmou.
Ao todo, sete empreiteiras, com
contrato de mais de R$ 59 bilhões com a Petrobras foram alvo da operação.
"São aquelas em que o material apreendido e as quebras de sigilo dão
material robusto para mostrar o envolvimento delas na formação de cartel,
desvio de recursos para corrupção de agentes públicos", disse o delegado.
Segundo a PF, os executivos presos participaram diretamente da celebração de
contratos com a Petrobras.
Dos 25
mandados de prisão, 21 foram cumpridos Petrobras
Renato de Souza Duque (ex-diretor
de serviços da estatal)
Camargo
Corrêa
Eduardo Leite
OAS
José Ricardo Nogueira Breghirolli.
Mateus Coutinho de Sá Oliveira
Alexandre Portela Barbosa
José Aldemário Pinheiro Filho,
presidente.
Agenor Medeiros
Engevix
(empresa que presta serviços de engenharia)
Gerson de Mello Almada,
vice-presidente
Carlos Eduardo Strauch Albero
Newton Prado Júnior
Galvão
engenharia
Erton Medeiros Fonseca
UTC
(empresa de engenharia)
Ednaldo Alves da Silva
Ricardo Ribeiro Pessoa
Walmir Pinheiro Santana
Carlos Alberto Costa Silva
IESA
Otto Garrido Sparenberg, diretor
Valdir Carreiro
Queiroz
Galvão
Othon Zanoide de Moraes Filho,
diretor
Ildefonso Colares Filho,
diretor-presidente
Subordinado
do doleiro Alberto Youssef
Jayme Alves de Oliveira Filho
Fonte: Policia Federal.
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