domingo, 30 de novembro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - DOMINGO - 30 DE NOVEMBRO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

PENSAMOS EM UMA FORMAR DE INSTAR NA ECONOMIA.
Nobres:
O brasileiro é um crítico da economia, pois é um traço que cada um naturalmente segue e evidentemente se agrega a condução do dia a dia. Neste contexto se tornou excêntrica e, de certa forma, até antiquada a polarização que se instala em frações da opinião pública toda vez em que há troca da equipe econômica, em que é sugerida uma suposta divisão ou disputa entre defensores da qualidade no gasto público, de metas fiscais rígidas e controle da inflação, chamados de “liberais” ou “ortodoxos”, e aqueles que supostamente teriam uma linha mais “desenvolvimentista”, por apoiar o estímulo às atividades econômicas através da injeção direta de recursos do Estado na economia, e ser mais tolerantes em relação a déficits governamentais, endividamento e até mesmo inflação. Essa disputa é típica da retórica das décadas de passadas. Hoje já não se aplica à realidade global, nem à realidade brasileira. Os últimos avanços na área de desenvolvimento no mundo demonstram que o que acontece de mais efetivo é uma combinação de um governo responsável com as contas públicas e competentes na execução de políticas de desenvolvimento, principalmente com coordenação e agenda local e regional, com ações de gestão estratégica de desenvolvimento e melhoria efetiva do ambiente de negócios, da infraestrutura e do capital intelectual, incluindo empreendedorismo. Não existe geração espontânea de “emprego e renda”, e sim a criação de um ambiente próprio para o desenvolvimento e produção, na indústria, agricultura e serviços, que geram esses empregos e fomentam novos negócios. A evolução nas instituições governamentais dá condição para que governos utilizem o seu potencial regulador para viabilizar investimentos privados em iniciativas de interesse público, sem que haja necessidade de injeção direta de recursos públicos. Uma maior permissividade no controle das contas públicas e nos gastos com custeio pode levar a perda de confiança, recessão e inflação, que diminui e corrói o padrão de vida da população, especialmente dos mais pobres, e não tem nada a ver com desenvolvimento.

Antônio Scarcela Jorge.

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