Segundo investigações, Adarico Negromonte Filho fazia transporte de
dinheiro vivo para o doleiro Alberto Youssef.
A semana começa movimentada nas
investigações da Operação Lava Jato. A expectativa nesta segunda-feira (24) é
para que o último foragido, Adarico Negromonte Filho, se entregue à polícia.
A defesa de Adarico comunicou à
Justiça que ele vai se apresentar nesta segunda-feira (24). Segundo
investigações, Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das cidades,
Mário Negromonte, fazia o transporte de dinheiro vivo para o doleiro Alberto
Youssef para entregar a agentes públicos. A defesa de Adarico alega que ele tem
70 anos e residência fixa em Registro, interior de São Paulo.
Neste domingo (23), uma equipe do
Bom Dia Brasil foi até a casa de Adarico em Registro. Tocamos a campainha e
ninguém atendeu.
Nos próximos dias, o Ministério Público Federal deve oferecer denúncia contra 15 investigados na Operação Lava Jato.
Nos próximos dias, o Ministério Público Federal deve oferecer denúncia contra 15 investigados na Operação Lava Jato.
Dez dias depois das primeiras
prisões da sétima fase da Operação Lava Jato, os procuradores da força-tarefa
do Ministério Público Federal já estão começando a preparar as primeiras
denúncias. Os investigadores consideram que há provas suficientes para pedir a
condenação dos investigados por vários crimes como organização criminosa,
corrupção e lavagem de dinheiro.
As denúncias devem atingir nesse
primeiro momento o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque; onze
executivos de seis grandes empreiteiras: Camargo Corrêa, Mendes Júnior, OAS,
Galvão Engenharia, Engevix e UTC; Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado
como operador do PMDB, além do ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo
Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.
Nos primeiros depoimentos
colhidos depois das prisões, alguns executivos de empreiteiras alegaram que
foram coagidos a pagar propina para manter os contratos com a Petrobras. Mas,
segundo as investigações, há indícios de uma organização criminosa em que cada
um tinha uma função bem definida, cujo objetivo era eliminar a concorrência nas
licitações e desviar dinheiro para pagar funcionários da estatal.
Na decisão que decretou a prisão
preventiva de alguns dos investigados, o juiz do caso, Sérgio Moro, disse que
os crimes retratam uma empreitada delituosa comum, com a formação do cartel das
empreiteiras, as frustrações das licitações, a lavagem de dinheiro, o pagamento
de propina a agentes da Petrobras e as fraudes documentais.
Peça-chave no esquema, o doleiro
Alberto Youssef já detalhou em mais de 100 horas de depoimentos como funcionava
a organização criminosa. O último depoimento dele, dentro do acordo de delação
premiada assinado com a Justiça, está previsto para terça-feira (25).
O advogado de Renato Duque disse
que não teve acesso à delação, o que, segundo ele, configura cerceamento de
defesa. O advogado considera precipitado o oferecimento da denúncia. Os
advogados de Paulo Roberto Costa e Fernando Soares não foram localizados. E a defesa
de Alberto Youssef não se manifestou.
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