terça-feira, 25 de novembro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

LADROAGEM POR EXCELÊNCIA ENVOLVEM FIGURAS REPRESENTATIVAS DO PAÍS.
Nobres:
Fazemos um retrospecto do potencial corrupto que o Brasil vem ocorrendo desde o pretérito até os nossos dias com relação a Petrobras. De princípio de forma natural e clarividente hoje encontramos as raízes de todas as mazelas da política tem sentido comum. Os partidos políticos servem de atalhos para os donos das legendas se locupletarem. É uma verdadeira “bolsa família elitizada” em para as classes de políticos que não fazem nada de produtivo para trabalhar, que seria normal para prover o exercício de cidadania: ao contrário, usam desse “preceito” para se instar constantemente a promover ações escusas. Dentro do contexto em evidência no país se refere a roubalheira na Petrobras não é apenas o mais despudorado assalto perpetrado por um trio bizarro os próprios diretores, grandes empresas privadas e políticos do PMDB, PP e PT, uma unção de interesses voltado especialmente para roubar as instituições do país. Além de bilhões de reais, roubaram os sonhos das gerações que lutaram nas ruas, escolas e quartéis pela exploração do petróleo. Milhares foram presos, alguns mortos, por verem no petróleo a redenção econômica que abriria caminho à expansão industrial e tecnológica do país. A cegueira dos anos 1940-50 (em que o petróleo era “subversão comunista”) sucumbiu com a criação da Petrobras em 1952. Por isto, a empresa é diferente de todas as outras, públicas ou privadas. Até ser transformada em covil de rapina pela politicagem sorrateira, a Petrobras tinha o tom místico de símbolo nacional, como a bandeira ou o Hino. Orgulhávamo-nos dela. Nem a ditadura direitista (que estancou nosso desenvolvimento autônomo) se atreveu a feri-la. Nessa época, o general Ernesto Geisel a dirigiu com honradez, mas (já com ele chefe do governo) surgiram as primeiras suspeitas na gestão de Shigeaki Ueki na empresa labiríntica. Na era Collor, a autonomia do Ministério Público ainda se estruturava e, assim, a Petrobras ficou fora dos escândalos.. O quadro de corrupção cresce no governo Lula da Silva. O ministério de Minas e Energia é dado a Edison Lobão, do PMDB (até hoje no posto), e o então diretor de Gás, Ildo Sauer, é demitido ao apontar irregularidades e roubos. A partir daí, sobrevém à catástrofe. Um roubo leva a outro, como na bandidagem de rua. Na fotografia (publicada nos jornais) da prisão dos diretores das onze maiores empresas de obra do país, cada um deles tapa o rosto com a mão ou capuz, como marginais. É a prova concreta da culpa! Se fossem vítimas de atropelo ou injustiça, não se esconderiam. Fariam como os presos políticos na ditadura mostrariam o rosto, sem envergonhar-se da prisão. A partir da “compra” da trôpega refinaria de Pasadena, nos EUA, o assalto chega a cifras incalculáveis. Em busca de penas menores, os cinco delatores principais oferecem “devolver” R$ 450 milhões. O ex-gerente Pedro Barusco “devolverá” 100 milhões de dólares. O “doleiro” Alberto Youssef (ponte da lavagem de dinheiro) entregará R$ 50 milhões. Paulo Roberto, uns R$ 80 milhões, parte do que passou ao PP, que o sustentava na empresa. Quantos milhões (dos bilhões roubados) cada qual guardará para si? Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara de Deputados, Henrique Alves, do PMDB, além de outros 30 parlamentares envolvidos no assalto (como o chefe nacional do PP e o tesoureiro do PT) estão fora da investigação. Amparados pelo “foro privilegiado”, só podem ser investigados pelo Supremo Tribunal após licença do Parlamento. Num país de privilégios, onde já não há esquerda nem direita, e sim a “ideologia corrupta” e só mesquinha pequenezes, terá o mundo político se convertido em agente do crime. Isto é que vivenciamos a triste realidade do país que amplia no descrédito entre as nações.

Antônio Scarcela Jorge.

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