São Paulo - O Ex-secretário-Executivo
do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa estima que o PIB neste ano "deve ter um
crescimento perto de zero".
Em função desse quadro
desfavorável para o nível de atividade, ele ponderou nesta sexta-feira, 14, que
as receitas da União ficaram "voláteis" em 2014, o que prejudicou
muito o resultado primário do setor público consolidado.
Para ele, o fim do abatimento da
meta fiscal para 2014 foi "inevitável e necessário", dado que a
economia brasileira foi afetada pela crise internacional e isso prejudicou a
arrecadação federal. "Já era esperado que o primário seria afetado. O
resultado primário deste ano provavelmente só será sabido em janeiro. Em função
disso, não é possível dizer qual será o primário em 2015. Com certeza, será
maior do que neste ano", afirmou. Nelson Barbosa ressaltou que os
principais desafios para a economia no médio prazo são levar a inflação para a
meta, aumentar o crescimento do PIB e executar uma elevação gradual do
superávit primário, a ponto de estabilizar a dívida pública e depois reduzi-la
como proporção do PIB. Ontem, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de
notícias em tempo real da Agência Estado, ele destacou que esse é um processo
que pode ocorrer em 2 ou 3 anos.
Barbosa também fez uma sugestão
para ser debatida pelas autoridades federais de que a Superintendência Nacional
de Previdência Complementar (Previc) e a Superintendência de Seguros Privados
(Susep) tenham uma atuação conjunta do ponto de vista institucional. "Mas
o papel de cada uma das instituições seria mantido, pois uma atua no setor de
previdência aberta e a outra no segmento de previdência fechada."
Ao ser perguntado hoje novamente
se será o futuro ministro da Fazenda, Nelson Barbosa disse que "não vou
comentar sobre o que não existe." "Esta é uma decisão da presidenta.
Eu apoiei sua eleição e tenho certeza que fará um ótimo segundo mandato."
Ele fez os comentários depois de fazer palestra em evento realizado pela
Abrapp.
Fonte: Agência Brasil.
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