PRESIDENTE DO PT DIZ QUE ENVOLVIDOS COMPROVADAMENTE
NO CASO DA PETROBRAS SERÃO EXPULSOS
"Temos o compromisso histórico de combater implacavelmente a
corrupção", disse ele.
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(CONVERSA
FIADA – INCORPORAS ROUBADA)
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse neste sábado que os
políticos comprovadamente envolvidos nas denúncias de corrupção na Petrobras
serão expulsos da legenda, de
acordo com declarações publicadas no site do partido.
A Petrobras é alvo de investigações da Polícia Federal no
âmbito da operação Lava Jato,
que já resultou na prisão de ex-diretores
da estatal acusados de participarem de um suposto esquema de desvio de
recursos envolvendo políticos e empreiteiras.
"Concluídas as
investigações, queremos que os corruptos comprovadamente provados possam ser punidos. Se houver alguém do PT
implicado com provas, ele será expulso",
afirmou Falcão no segundo dia de reuniões do Diretório Nacional do PT em
Fortaleza.
O partido aprovou neste sábado um
documento de combate à corrupção
no qual se mostrou a favor da continuidade das investigações de denúncias de
corrupção na petroleira "dentro dos marcos legais e sem
partidarismo". "Temos o compromisso histórico de combater
implacavelmente a corrupção", disse Falcão no site do partido.
Deflagrada em março de 2014, a
Lava Jato foi lançada inicialmente para investigar um esquema de lavagem de
dinheiro em vários Estados, que seria comandado pelo doleiro Alberto Youssef.
Dias após a prisão de Youssef, o
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso por
suspeita de destruir documentos.
Costa e Youssef firmaram acordos
de delação premiada com a
Justiça e os depoimentos dados por ambos levaram a uma nova fase da operação em
que foram feitas novas prisões.
Abertura de diálogo.
Falcão disse ainda que a abertura
do diálogo proposta pela presidente Dilma Rousseff após ser reeleita em
outubro, foi concretizada em discurso da presidente no encerramento do primeiro
dia de reuniões do Diretório Nacional na sexta-feira.
"A disposição de
Dilma foi materializada de forma muito direta e correspondeu às expectativas que a direção do partido tinha sobre
o comportamento dela em relação à sociedade e aos partidos", disse Falcão.
De acordo com o site do PT, Dilma
afirmou na sexta-feira que é preciso ter união e governar com generosidade, olhando para todos os brasileiros,
sejam eles eleitores do PT ou não, e que é preciso ter
"responsabilidade" em relação aos partidos aliados.
"Eu fui eleita para
continuar mudando o Brasil, defendi as nossas realizações. Não teria vencido se
não fosse pelo apoio da militância,
do PT, dos partidos aliados e dos movimentos sociais", disse Dilma.
A presidente voltou a rebater
críticas feitas pela oposição durante a disputa eleitoral considerada a mais
acirrada desde a redemocratização do país. "Foi um processo de desinformação, de disputa e falsidade
em relação ao Brasil", disparou.
Economia
Sobre o cenário econômico, Dilma
disse não estar satisfeita com a atual situação da economia e disse ser preciso
fazer um esforço
"imenso" em relação à inflação.
"Os últimos dados mostram
que a inflação vai fechar abaixo
do teto máximo da meta esse ano, mas isso não significa que estamos contentes.
O Brasil tem de inovar, melhorar a competitividade”, disse.
Na quinta-feira, Dilma anunciou
os nomes que integrarão a nova equipe
econômica no seu segundo mandato. Foram nomeados Joaquim Levy para o
Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa para o Planejamento, além da manutenção
de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central.
A presidente disse ainda que é
preciso ter compromisso com a reforma política e voltou a enfatizar a
necessidade da participação da
população no debate.
"Nada nesse combate à
corrupção construído nos últimos anos será efetivo se não fizermos uma
verdadeira reforma política. Eu
pessoalmente só acredito em reforma política com participação popular",
acrescentou.
Fonte: Reuters.
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