BRASÍLIA - A CPI mista da
Petrobras aprovou, nesta terça-feira, requerimento para a quebra de sigilo
fiscal, bancário e telefônico do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Apesar da
resistência na base aliada, por 12 votos a 11, a oposição conseguiu aprovar o
pedido.
O líder do PT no Senado,
Wellington Dias (PI), defendeu que, para aprovar a quebra do sigilo de Vaccari,
será preciso aprovar a de todos os demais tesoureiros de partidos. O senador
disse que irá apresentar requerimento para estender a quebra do sigilo aos
demais tesoureiros.
O senhor Vaccari não está na
relação que o MP encaminhou de pedidos de prisão, é uma pessoa que, depois de
prestar depoimento, foi verificado que não tinha nenhum envolvimento. Sabemos
quais os interesses que estão em jogo, por isso precisamos ser contra a
aprovação desse requerimento. Começar a requerer a investigação de tesoureiros
de partidos, certamente vai ter que requerer de todos os partidos citados.
Apenas um partido não foi citado, o PSOL. Se é uma regra termos que ouvir
tesoureiros de todos os partidos, vamos ter que requerer de todos, defendeu
Dias.
O tesoureiro do PT foi citado na
delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos
operadores do esquema de distribuição de propinas na estatal. Vaccari também
responde, desde 2010, à denúncia do Ministério Público por suposto desvio de
recursos, da Bancoop, uma cooperativa habitacional. Vaccari é réu por
estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
No início da gestão petista, Vaccari, que era presidente do Sindicato dos
Bancários de São Paulo e secretário de finanças da CUT, chegou a ser cotado para
ocupar a presidência da Caixa Econômica Federal.
Nesta
terça-feira, a CPI aprovou a convocação do presidente licenciado da Transpetro,
Sérgio Machado, e a acareação entre Nestor
Cerveró e Paulo Roberto Costa. Ildo Sauer que é ex-diretor da estatal também
será chamado para depor. As decisões também enfrentaram resistência do PT.
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