COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
AGITADA
POLITICAGEM.
Nobres:
Ao analisar o estado político
deveras tragicômico ainda compartilhado pela maioria do eleitorado brasileiro
de excepcional comprometimento com a irracionalidade que especifica ao mais
alto interesse de quem se agregada ao clientelismo científico do lulopetismo,
nos proclama a especialidade político-eleitoral do Brasil é a “rejeição”. Não
se vota a favor de programas ou ideias. Vota-se “contra”. Não se acatam os
partidos. Rejeita-se. - E, nisso, o PT é como a Alemanha e Holanda fizeram dez
gols nos dois jogos sequentes da Copa do Mundo em cima da Seleção da CBF realizada
aqui no quintal brasileiro, guardada ao desastre proporcional em nosso Estado, é
o nosso VOZÃO o time da ruindade em competições nacional. - No atribulado mundo
consumista, 12 anos no poder desgastam os governantes, mas com o PT há algo a
mais. Tudo se origina nele. Os petistas se comportam como se o país começasse
com eles. Os opositores, ou neutros, atribuem ao PT todos os males do planeta,
até os inexistentes. A explicação, porém, não está no desgaste do poder. Por
exemplo: o PSDB de Fernando Henrique governa São Paulo há 16 anos e reelegeu
(com folga) o governador Alckmin em pleno tormento da falta d’água. O Ceará nem se fala em seca, para o eleitor "mergulhar no seco - é o verdadeiro paraíso dos Gomes, tudo é bom, tudo é maravilhoso - O problema
é velho e brutal, mas nem piou na campanha eleitoral, que lá foi tão medíocre
como entre nós. Num país em que o voto expressa só uma obrigação, não um dever
cívico espontâneo, o eleitor negocia o voto, como moeda corrente, estimulando os
desmandos e a corrupção. Somam-se os partidos que explicam que a rejeição guie
a política. O PT surgiu na esquerda como revolução de esperança, rejeitando a
famélica política das raposas, até ser visto como uma raposa a mais. Na ânsia
de agarrar-se ao poder, doou postos chaves ao PMDB e a outros 10 partidos da
base alugada, a começar pelo PP, de Maluf, ou o PRB dos “bispos” Crivella e Edir
Macedo, da Igreja Universal. Em seguida os líderes nacionais do PMDB (Sarney,
Renan Calheiros, Michel Temer e outros) controlam ministérios, empresas
estatais, autarquias e fundos de pensão. Aí, usufruem de orçamentos superiores
aos do próprio “dono”. - A fraude bilionária na Petrobras teve como figura principal o diretor nomeado
pelo PP. O ministério de Minas e Energia, que controla a empresa e toda a
estratégica e bem aquinhoada área energética, é do PMDB desde 2005, ainda com
Lula. Dias atrás, o presidente da Transpetro (subsidiária da Petrobras), Sérgio
Machado, há 11 anos no cargo por indicação do senador Renan Calheiros, foi
levado a “pedir licença” por 31 dias, ao aparecer envolvido em subornos na
compra de navios. A demissão (que virou “licença”) foi exigência da empresa
norte-americana que, seguindo as normas internacionais, faz a auditoria da
Petrobras, mas o PMDB avisou que tomava o ato como ameaça de despejo. Na CPI de
senadores e deputados sobre a fraude na Petrobras (depois que o ex-presidente
nacional do PSDB, Sérgio Guerra, falecido há meses, surgiu entre os
subornados), governo e oposição se ameaçaram mutuamente em convocar os
“grandes” de ambos os lados. Lula, Dilma e Fernando Henrique. Mas o relator da
CPI, o canoense Marco Maia, hábil ex-metalúrgico do PT, lembrou que “um unânime
acordo anterior” impedia ouvir políticos e o temporal se amainou. Disputas, intimidações
e ofensas dominam a área política, mas tudo termina em acordo de conveniência.
A estrutura dos partidos pensa na própria preservação, mais do que em preservar
a verdade. A “coisa pública” a República passa a plano inferior. Para que a
raposa não se banqueteie com as uvas antes do banquete, a reforma política deve
começar pelos partidos. Enquanto forem meros aglomerados em busca do banquete. Enquanto
o Brasil é mesmo assim.
Antônio Scarcela Jorge.
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