Na última semana, políticos fecharam acordo
para blindar principais legendas da investigação.
Depois do mal-estar causado pelo
"acordão" entre governistas e oposicionistas para blindar as
principais legendas na CPI mista da Petrobras, a oposição ensaia colocar em
prática um plano para minimizar os prejuízos políticos causados pela divulgação
do acerto. A ideia, dizem, é não deixar a sensação de que investigação
terminará em "pizza", ou seja, sem apresentar resultados concretos.
Apesar de todos os partidos
negarem ter participado do entendimento, os oposicionistas começaram a
articular uma retomada na ofensiva da comissão. Na próxima semana,
parlamentares do PSDB, PSB e PPS prometem vasculhar os documentos que já
chegaram à CPI atrás de novas informações.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) diz que combinou esse esforço com os colegas Rubens Bueno (PPS-PR) e Izalci Lucas (PSDB-DF). O mineiro explica que por causa da campanha ainda não havia sido possível dedicar mais atenção aos papéis.
O "acordão" irritou o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), que divulgou uma nota para desautorizar o entendimento. Aécio voltou ao Senado após ser derrotado nas eleições prometendo fazer uma oposição "vigorosa" contra o governo e cobrando explicações da presidente Dilma Rousseff sobre o escândalo na Petrobrás.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) diz que combinou esse esforço com os colegas Rubens Bueno (PPS-PR) e Izalci Lucas (PSDB-DF). O mineiro explica que por causa da campanha ainda não havia sido possível dedicar mais atenção aos papéis.
O "acordão" irritou o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), que divulgou uma nota para desautorizar o entendimento. Aécio voltou ao Senado após ser derrotado nas eleições prometendo fazer uma oposição "vigorosa" contra o governo e cobrando explicações da presidente Dilma Rousseff sobre o escândalo na Petrobrás.
O principal argumento da oposição
para não tentar convocar os petistas citados nas delações, como o tesoureiro da
sigla, João Vaccari Neto, e a senadora Gleisi Hoffmann (PR), foi o de que a
comissão ainda não obteve o direito de acessar documentos importantes da
Operação Lava Jato, como o depoimento das delações premiadas do ex-diretor
Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Na avaliação do deputado
Carlos Sampaio (PSDB-SP), que foi o representante do PSDB na reunião que selou
o acordo na quarta-feira passada, vai ser muito difícil conseguir avançar no
caso sem ter acesso a esses documentos.
A delação premiada não chegou
ainda para nós. Eu vou ouvir a Gleisi e ela vai dizer que é mentira o que está
publicado nos jornais. Ou seja, não vai adiantar nada.
Ele argumenta, no entanto, que é
"fato notório" que os partidos de oposição estão trabalhando para que
a investigação continue, uma vez que já começaram a coletar assinaturas para
abrir uma nova CPI no ano que vem e dar continuidade às apurações.
Na última quarta-feira, integrantes da CPI foram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para reiterar o pedido de acesso aos documentos da Operação Lava Jato. O ministro Luís Roberto Barroso que relata o mandado de segurança impetrado pelos parlamentares sinalizou que a decisão sobre o caso deve ser tomada na próxima semana. O relatório final da CPI mista terá de ser entregue até meados de dezembro.
Fonte: R7.Na última quarta-feira, integrantes da CPI foram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para reiterar o pedido de acesso aos documentos da Operação Lava Jato. O ministro Luís Roberto Barroso que relata o mandado de segurança impetrado pelos parlamentares sinalizou que a decisão sobre o caso deve ser tomada na próxima semana. O relatório final da CPI mista terá de ser entregue até meados de dezembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário