VOZÃO SÓ FALTAM TRÊS PASSOS.
Para
conseguir o tão sonhado acesso à elite nacional, time do Ceará só depende de si
para o centenário ser completo.
No dia 16 de setembro, o Ceará
empatava com o time do Paraná, por 0 a 0, e deixava o G4. O início de uma oscilação,
em que perdeu a liderança da Série B do Brasileiro, se tornava uma queda de
rendimento, que maltratou dirigentes, jogadores e a torcida por 12 rodadas.

"Foi uma vitória de resgate
de tudo. Da autoestima, de pontuar na tabela, de confiança, de voltar ao G4 e
do apoio da torcida. Queremos que o torcedor jogue conosco nessa reta
final", disse o técnico Paulo César Gusmão.


Na última rodada, o Vovô
precisava apenas ganhar do time misto do Joinville, que só cumpria tabela, para
garantir o acesso, mas o final todos já sabem.
O aprendizado do ano passado
talvez seja para o atual grupo alvinegro a chave para não cometer os mesmos
erros. "Temos de manter os pés no chão. Não conquistamos nada. Foi uma
grande vitória e graças a Deus, agora só dependemos de nós. Com humildade e
respeitando os adversários, vamos em busca desse acesso", declarou o
zagueiro Diego Ivo, em entrevista, após o triunfo em cima do Vasco.
Para o treinador alvinegro, falta
pouco, mas é preciso ir com calma e paciência. "É uma contagem regressiva.
Mas temos de ver etapa por etapa. Primeiro o ABC. Vamos estudar muito o time
deles. Segunda, terça-feira, antes do jogo, para entrarmos forte em busca dessa
vitória", afirmou o treinador PC Gusmão.
Time não terá desfalques diante do ABC.
A primeira das três decisões que
o Ceará vai ter pela frente para conquistar o retorno à Série A do Brasileiro é
contra o ABC. A partida já é amanhã, às 20h50 (horário cearense), na Arena
Dunas.
E depois de 29 jogos
consecutivos, o time alvinegro poderá, enfim, ser repetido. Será apenas a
segunda vez nesta Série B, que o Ceará vai escalar por duas vezes seguidas a
mesma equipe. Nenhum jogador saiu machucado ou foi suspenso, após a vitória
sobre o Vasco, no sábado.
O técnico PC Gusmão celebrou o
fato de não ter desfalques. "Eu acho que quando você consegue compactar a
equipe, consegue juntar a marcação, na transição, e os jogadores ficam mais
próximos, não é necessário fazer tanta falta e não levar cartão. E nós estamos
trabalhando muito isso, para evitar esse cartão e ficar alguém suspenso. E nós
não podemos perder ninguém nessa reta final. Nós temos de encontrar uma
formação, e vamos procurar manter essa formação até a última partida",
declarou o treinador alvinegro.
Esse encurtamento de espaços foi
comemorado, não só pelo técnico, mas também pelos jogadores. "Se nós
continuarmos com essa pegada, com essa marcação, que fizemos contra o Vasco
será muito importante para conquistarmos o nosso objetivo", disse o
zagueiro Diego Ivo.
Defesa volta a se tornar ponto forte.
Considerado até pouco tempo o
melhor ataque do Brasil, o Ceará era só elogios para o setor ofensivo e
preocupação para a defesa. A zaga alvinegra padeceu por um bom período em que
não conseguiu contar nem com Sandro, nem com Diego Ivo, quando ambos se
machucaram. Se não bastasse, o esquema adotado pelo ex-técnico Sérgio Soares
privilegiava o ataque, e o Ceará atuava com apenas um volante de ofício, no
caso, João Marcos.
Com a chegada de Paulo César
Gusmão, adepto de um padrão mais compacto, a zaga do Ceará, enfim, se
recuperou. Pela primeira vez na atual Série B do Brasileiro, os alvinegros
passaram duas rodadas sem tomar gols. Diante do Atlético/GO, empate sem gols,
e, no sábado passado, na vitória sobre o Vasco.
Com ótima atuação dos volantes
Michel e João Marcos e da dupla de zaga Diego Ivo e Sandro, o triunfo por 2 a 0
em cima dos cariocas mostrou que o setor virou outra vez referência. "O PC
foi fundamental. Ele pediu um poder de marcação muito forte. Nós não podíamos
deixar o Vasco respirar. Procuramos marcar forte e quando tivéssemos a chance
aproveitar e fazer o gol", declarou o zagueiro Diego Ivo, que abriu o
placar ante o Vasco.
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