segunda-feira, 24 de novembro de 2014

CRUZEIRO CAMPEÃO!

 CRUZEIRO BI-CAMPEÃO BRASILEIRO – 2013/14 (TETRACAMPEÃO DA PRINCIPAL COMPETIÇÃO NACIONAL DA CBF)

Os mais de 57 mil cruzeirenses presentes no Mineirão tiveram impressão parecida. Quando se assentaram nas cadeiras do estádio, sentiram que os primeiros adversários já haviam sido vencidos: a chuva e o trânsito para chegar ao jogo. Ali, na arquibancada, o sentimento era um só e se resumia no verso da música mais cantada: "Nada mais interessa; nós queremos o tetra". 

Isso estava nos rostos pintados com tinta que a chuva borrou, nas estrelas douradas que permeavam o azul do Cruzeiro, nas coroas de ouro que avisavam que, além do tetra, estava por vir a final da Copa do Brasil. Bastava vencer o Goiás, e o Cruzeiro confirmaria o quarto título Brasileiro. O gramado encharcado e o Esmeraldino resolveram tornar a tarefa difícil.

Há relatos de torcedores que gastaram duas horas em um trajeto de casa até o Mineirão que costuma durar 20 minutos. A tempestade que caiu de forma descontínua em Belo Horizonte desde o início da tarde deste domingo complicou a vida de quem foi ao estádio. Mas não diminuiu a empolgação. Munidos de capas de chuva (eram muitas capas de chuva), os cruzeirenses entraram cedo no estádio e fizeram uma festa bonita antes do jogo. Quando os times foram a campo, abriram uma bandeira com os escritos “A Deus toda a Glória”, obra das esposas e namoradas dos jogadores, entre elas, Marylisi Antonelli, de Marcelo Moreno.

Quando a bola rolou, não demorou para os torcedores explodirem. Não foi Moreno, mas Ricardo Goulart que, logo aos 13 minutos, marcou de cabeça. Delírio na arquibancada. Embora o gramado atrapalhasse o toque de bola do time de Marcelo Oliveira, parecia o enredo dos outros jogos do Cruzeiro dentro de casa. Parecia mais uma vitória tranquila. 
Mas não foi. Menos de dez minutos depois, o Goiás encontrou as redes.

O gol de empate foi um balde de água fria maior que a tempestade belo-horizontina. Dali até o fim do primeiro tempo, a torcida celeste pareceu meio perdida. Só foi agitar novamente quando um cabeceio de Léo explodiu na rede, mas pelo lado de fora, já no finalzinho. É difícil dizer quem era reflexo de quem. Mas tanto jogadores quanto torcida foram para o intervalo um pouco desanimados.

Ambos, porém, voltaram mais animados para o segundo tempo. E vivendo a ansiedade do gol - potencializada pelos minutos que iam passando com a retranca goiana ainda de pé. O jogo prometia ganhar contornos dramáticos, embora aquele empate já bastasse para o time mineiro ser campeão, uma vez que o São Paulo também empatava na rodada. Mas Éverton Ribeiro pôs fim ao drama.

O gol colocou fogo no Mineirão. 

Cada ataque passou a ser festa, defesa de Fábio foi comemorada como gol. Não tinha 30 minutos quando os gritos de "tetracampeão" começaram a aparecer. Foi assim até o fim. Festa para o maior público do Cruzeiro nesta temporada: 57.129 pessoas. Ninguém quis tanto o título brasileiro quanto o Cruzeiro; tetra da Raposa.

Fonte: G1.
 

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