LEVY PROMETE APERTO NAS CONTAS.
Os nomes da nova equipe econômica
da presidente Dilma Rousseff foram anunciados ontem pelo Palácio do Planalto.
Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Ministério do
Planejamento e Alexandre Tombini permanece como presidente do Banco Central
(BC). A equipe seguirá a linha de trabalho de ajuste gradual e crível das
contas, com fim nas transferências de recursos do Tesouro para bancos públicos
e transparência e reequilíbrio da economia para manter as políticas sociais.
Como líder do grupo, Levy
anunciou que fixará o superávit primário em 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB)
em 2015 e, no mínimo, em 2% nos dois anos seguintes. “Alcançar essas metas é
fundamental para o aumento da confiança na economia brasileira e criará a base
para retomada do crescimento econômico e a consolidação dos avanços sociais”,
disse.
A nova meta fiscal para o próximo
ano é menor do que a atual, que era de 2% a 2,5%, considerada neste momento
impossível de ser atingida. A redução faz parte da estratégia da nova equipe de
só trabalhar com metas que serão cumpridas e garantir transparência das contas
públicas, buscando retomar a credibilidade do governo.
Levy ainda destacou que o
objetivo de definir uma meta fiscal para os próximos três anos é reduzir a
dívida bruta do setor público e não mais a dívida líquida. Para isso, o novo
ministro da Fazenda indicou o fim de repasses de recursos do Tesouro para os
bancos públicos.
Coube a Tombini dar o recado de
que o Governo fará um combate rigoroso à inflação. O presidente do BC disse que
sua equipe vai se manter “especialmente vigilante” para evitar o avanço dos
índices de preços, indicando a manutenção do ciclo de aumento das taxas de
juros.
No mercado, analistas apostam que
o BC pode acelerar o ritmo de alta na próxima semana. Em vez de alta de 0,25
ponto percentual, poderia optar por uma dose maior, de 0,50.
Autonomia.
Levy ainda disse que ele e Nelson
Barbosa vão detalhar as medidas que tentarão equilibrar as contas públicas. Já Tombini
sinalizou que manterá o ciclo de alta dos juros, com redução da sua atuação no
câmbio, o que fez o dólar subir. Para ele, caberia ao governo administrar o
volume de contratos de câmbio que já está no mercado.
Fonte: (Das Agências).
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