AÉCIO REAGE: - DEPUTADO DO PSDB TEVE O AVAL DO
PARTIDO PARA BLINDAR LADRÕES QUE PERMANECEM FILIADOS AOS TUCANOS.
'Acordão' em
CPI gera crise no PSDB. – onde começou a ladroagem.
Senador se irritou com o aval de membros do partido ao acordo firmado
com aliados da presidente Dilma.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP)
simbolizou a “santíssima e intransponível corrupção
brasileira” representou a sigla na reunião. Ele confirmou que o PSDB
concordou em excluir políticos das convocações.
Foto: AGÊNCIA CÂMARA.
Brasília. O
"acordão" firmado na CPI mista da Petrobras para blindar os políticos
suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras gerou uma crise
no PSDB depois que membros do partido aceitaram barrar convocações de membros
do PT e do governo federal.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG),
presidente do partido, se irritou com o aval de membros do PSDB ao acordo
firmado com aliados da presidente Dilma Rousseff (PT). Aécio soltou uma nota
ontem para negar que o partido tenha pactuado com "qualquer tipo de acordo
que impeça o avanço das investigações na CPI".
Aécio resolveu reagir
especialmente porque o "acordão" foi fechado no dia de seu retorno ao
Senado, em que discursou defendendo duras investigações sobre o esquema de
corrupção na Petrobras. Na nota, Aécio afirma que o PSDB lutou pela instalação
da CPI e defende que as investigações sejam concluídas sem poupar nenhum dos
envolvidos.
"Temos de ir a fundo à
apuração do chamado 'petrolão' e na responsabilização de todos que cometeram
eventuais crimes, independentemente da filiação partidária. Essa é a posição
inarredável do PSDB", disse Aécio.
O deputado Carlos Sampaio (SP)
representou o PSDB na reunião que definiu o "acordão" na CPI. Depois
da reunião para fechar o acerto, ele confirmou que o PSDB concordou em excluir
das convocações políticos e pessoas citadas nas delações premiadas de Paulo
Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e do doleiro Alberto Youssef. "Vamos
excluir os agentes políticos, aqueles que estão nas delações premiadas e vamos
ouvir aqueles que estão na Petrobras, são agentes técnicos. Abrimos mão de
ouvir Gleisi e Vaccari. Todo mundo concordou", declarou. O tucano ainda
disse que a CPI não vai apontar os políticos envolvidos no esquema, o que vai
ocorrer ao final das investigações e das delações. Sampaio também afirmou que o
PSDB concordou com o "acordão" porque serão chamados a depor Sérgio
Machado e Renato Duque, ex-presidente da Transpetro indicado pelo senador Renan
Calheiros (PMDB-AL).
Recuo
O deputado disse que não houve
acordo para poupar políticos, apenas a construção de um "roteiro de procedimentos"
diante do curto prazo para a conclusão das investigações, que terminam em
dezembro.
Fonte: Reuters.
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