quinta-feira, 6 de março de 2014

PARTIDO REINCIDE A TRADIÇÃO

 REELEIÇÃO DE DILMA

PMDB discute não apoiar mais o PT.

O atrito entre os partidos surgiu em razão de o PMDB não ter recebido cargos na reforma ministerial.

Brasília O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, usou ontem sua conta no Twitter para voltar a criticar o presidente do PT, Rui Falcão, e dizer que qualquer decisão de romper a aliança com o PT deve ser tomada pela maioria do partido. O atrito surgiu porque Falcão teria dito que o PMDB da Câmara estaria insatisfeito por não ter recebido cargos na reforma ministerial.
Depois de afirmações feitas na terça-feira, quando ameaçou barrar projetos de interesse do governo, como o Marco Civil da Internet, e convocar uma convenção extraordinária do partido para uma possível retirada de apoio à reeleição de Dilma Rousseff, Cunha diminuiu o tom das ameaças. "Quando falei em repensar (o apoio a Dilma), não falei ainda em romper, e sim em rediscutir os termos dessa aliança, a qual não somos respeitados", disse. O líder ressaltou que sua posição será sempre a da maioria da bancada, mesmo que seja diferente da dele.

"A minha posição será sempre a da maioria do partido, expressa na convenção, o que não impede que eu tenha opinião".

Cunha afirmou que a declaração feita por Rui Falcão foi inoportuna e reforçou a insatisfação com o Partido dos Trabalhadores. "A realidade dessa aliança, nos termos que estão, e debaixo de agressões, como as do presidente do PT, não atendem ao PMDB em minha opinião". O presidente nacional do PT, o deputado estadual Rui Falcão (SP), deve manter o silêncio sobre a polêmica entre ele e o líder do PMDB na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (RJ). O atrito surgiu porque Falcão teria dito que o PMDB da Câmara estaria insatisfeito por não ter recebido cargos na reforma ministerial.

Cunha rebateu a afirmação de Falcão em sua conta no Twitter e chegou a questionar a aliança do PMDB com o PT, mas ontem pela manhã, baixou o tom dos ataques. "Como líder da bancada do PMDB na Câmara, a minha posição será sempre a da maioria da bancada, mesmo que diferente da minha", afirmou.

Encontro

Segundo a assessoria de Falcão, o deputado deve permanecer em São Paulo sem se pronunciar sobre o assunto. A próxima atividade pública do político será um encontro organizado pela agência espanhola Efe nesta sexta-feira na capital paulista.

Embora o presidente nacional do PT tenha silenciado diante das declarações do líder do PMDB na Câmara, dirigentes da cúpula do partido nos bastidores não acreditam que a ameaça de rompimento será levada adiante. Na avaliação dos petistas, mesmo com o esgarçamento da relação entre o Planalto e o PMDB - que segue insatisfeito com o represamento das emendas individuais dos parlamentares e a condução da reforma ministerial -, os peemedebistas dificilmente abrirão mão de indicar o vice da candidatura de Dilma.

Fonte: Agência Brasil e Agência Câmara.




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