O
resultado superou em 29,1% o alcançado em 2012; no quarto trimestre,
o lucro foi de R$ 3 bilhões.
O Banco do Brasil encerra nesta
quinta-feira, 13, a temporada de divulgação de resultados dos grandes bancos
listados ao anunciar lucro líquido de R$ 15,758 bilhões em 2013. O resultado
anual foi recorde, superando em 29,1% o alcançado em 2012. No conceito
ajustado, porém, foi de R$ 10,353 bilhões, recuo de 10,2% na mesma base de
comparação.
No quarto trimestre, o lucro foi
de R$ 3,025 bilhões, cifra 23,7% inferior à de igual intervalo de 2012, de R$
3,967 bilhões. No conceito ajustado, o lucro ficou em R$ 2,424 bilhões, queda
de 23,8% em um ano e de 7,1% ante o terceiro trimestre.
O lucro líquido
ajustado veio abaixo da expectativa de analistas do mercado. A média de sete
casas consultadas pelo Broadcast (Bofa Merrill Lynch, Credit Suisse, Deutsche
Bank, GBM, HSBC, Safra e UBS) apontava para lucro líquido recorrente de R$
2,593 bilhões. O resultado apresentado foi 6,5% menor.
Crédito.
A carteira de crédito
ampliada do banco, que inclui títulos privados e garantias prestadas, encerrou
dezembro em R$ 692,915 bilhões, alta de 6,2% ante setembro e de 19,3% em um
ano. Os destaques do período, conforme relatório da instituição que acompanha
suas demonstrações financeiras, foram os empréstimos destinados às empresas,
que registraram avanço em 12 meses de 19,5%, para R$ 323,247 bilhões,
respondendo por 42,0% da carteira total da instituição. Ante setembro, a alta
foi de 7,1%.
Já o crédito para pessoa física
somou R$ 168,069 bilhões, alta de 10,6% em 12 meses e de 2,5% em relação a
setembro, com participação de 26,9%. Ao final de 2013, o BB voltou a ampliar
sua participação em crédito no sistema financeiro nacional, que passou de 20,7%
em setembro para 21,1% em dezembro.
Os ativos do Banco do Brasil
foram a R$ 1,304 trilhão ao final de dezembro último, montante 13,5% maior que
o apresentado em um ano, de R$ 1,149 trilhão, favorecido pela expansão da
carteira de crédito, conforme o banco.
O retorno sobre o patrimônio
líquido anualizado (RSPL) no conceito ajustado do BB ficou em 14,2% ao final de
dezembro ante 21,2% registrado em 12 meses. O banco também divulgou retorno de
18,0% no período de referência contra 27,0% em um ano.
O BB encerrou o quarto trimestre
com patrimônio líquido médio de R$ 72,225 bilhões. A cifra é 17,4% superior ao
mesmo período de 2012, de R$ 61,499 bilhões.
Perspectiva.
Em linha com as
perspectivas de mercado, a instituição divulgou uma projeção mais conservadora
para o crescimento da sua carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e
avais, neste ano que deve ser de no mínimo 14% e no máximo de 18%. No ano
passado, a faixa ia de 17% a 21%.
O maior crescimento do crédito em
2014 deve vir, conforme o BB, do segmento do agronegócio. O banco espera que os
empréstimos para este fim avancem entre 18% e 22% neste ano. O intervalo
projetado, porém, é inferior ao do ano passado que indicava para avanço de no
mínimo 24% e no máximo 28%. Ao longo de 2013, esta estimativa foi revisada para
cima por duas vezes. A inicial ia de 13% a 17%.
Para a pessoa jurídica, o Banco
do Brasil espera crescimento de 14% a 18% em 2014, projeção mais tímida que a
divulgada para o ano passado, de 18% a 22%. Na pessoa física, a instituição
projeta avanço de 12% a 16%, também mais conservadora que a divulgada para
2013, de 14% a 18%. O intervalo de projeção de aumento dos empréstimos para
pessoas físicas foi revisado por duas vezes para baixo no ano passado. O
inicial indicava expansão de 18% a 22%.
O BB espera que o indicador de
PCLD (gastos com provisões para devedores duvidosos acumulados em 12 meses
divididos pela carteira de crédito) fique entre 2,7% e 3,1% em 2014,
praticamente idêntico ao projetado para o ano passado, de 2,7% a 3,0%. Ao
estimar o retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado (RSPL), porém, o
banco foi mais conservador. A instituição projeta que o indicador fique entre
12% e 15% em 2014 contra projeção de 14% a 17% em 2013.
Inadimplência.
A qualidade dos
ativos do Banco do Brasil piorou no quarto trimestre ante o terceiro, em linha
com a expectativa de analistas do mercado. O índice de inadimplência, considerando
os atrasos acima de 90 dias, passou 1,97% em setembro para 1,98% em dezembro.
Em um ano, entretanto, houve melhora de 0,1 ponto porcentual.
Caso seja desconsiderada a
carteira do banco Votorantim, o índice de inadimplência do BB seria de 1,82%,
também superior ao indicador de setembro, de 1,78%. O indicador de calotes do
sistema financeiro nacional, conforme o BB, está 3,00%. Portanto, considerando
as operações do Votorantim ou não, o índice de inadimplência do BB está menor
que o do mercado.
As despesas com provisões para
devedores duvidosos do BB, chamadas de PCLD pela instituição, foram a R$ 4,188
bilhões no quarto trimestre do ano passado, crescimento de 15,2% em um ano e de
7,0% em relação ao terceiro trimestre. No acumulado de 12 meses, esses gastos
somaram R$ 15,6 bilhões, cifra 6,5% e 3,7% maior, respectivamente e na mesma
base de comparação.
O saldo de provisões para PCLD do
Banco do Brasil foi a R$ 23,662 bilhões ao final de dezembro, alta de 7% ante
setembro. Na comparação com 12 meses, houve incremento de 11,6%.
Fonte: Agência Brasil.
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