10.03.2014
Sistema 'S'
e o hoje
A estrutura sindical é resultado
dos períodos ditatorial e democrático de Vargas, ampliada na Constituição de
1988. Hoje, outros tempos, permanece onerosa no país perdido entre o passadismo
erradio e um futuro incerto. Não se fala apenas em sindicatos. Escrevem mal
sobre parte de federações e confederações de trabalhadores e patrões. Os
"S" seriam focos de: dominação, desperdício, compadrio com o poder,
premiações anuais interesseiras, pesquisas direcionadas e abrigos de
"ex-tudo". Há exceções, é claro. Existem denúncias públicas.
Exemplo: o uso explícito da máquina de poderosa federação sudestina para
alavancar candidatura a governador de Estado. O país "S" gera
lobistas/atravessadores, assessores, vereadores, deputados e senadores; é luta
pelo poder, sem coerência institucional ou ideológica. Os bilhões de reais anuais das
contribuições sindicais de empregados e patrões são, apenas em parte,
investidos em treinamentos e formação de força de trabalho. Cita-se que há,
quase sempre, pagamento adicional para a obtenção de vagas nos cursos nos
"S". Cofres cheios. Há estrutura mastodôntica, empregos
"vitalícios", prédios suntuosos, viagens gratuitas pelo Brasil e exterior.
Eleições com cargos disputados, (des) acordos entre facções. Se o que lê
parecer grave, veja só um exemplo: os jornais Valor e Folha de SP, 27.02.2014,
publicam nota paga pelo SENAC-RJ contra o presidente da Confederação do
Comércio, há quase 40 anos no poder. Autofagia exposta. É hora de as
mídias, o TCU, o MPF e o Congresso Nacional reverem essas capitanias.
João Soares Neto
Escritor.
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