quinta-feira, 6 de março de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - QUINTA FEIRA - 6 DE MARÇO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

PADRÃO IMUTÁVEL.

O modelo eleitoral e os sistemas de governo e de Estado brasileiro são corruptos desde o seu nascedouro. E o pior: as pessoas aprenderam com ele a corromper e a serem corruptíveis. Por isso, não se diga que o tão falado, surrado e “interminável” julgamento do mensalão jamais será um divisor de águas. Obviamente que não se pode negar que a repressão casuística a crimes praticados por altos políticos e gestores públicos em prejuízo de toda a coletividade há de ser louvada. Entretanto, soa ingênuo pensar que esses delitos escassearão. O Brasil tem impregnada em seu âmago uma cultura pela vantagem fácil. O famoso “jeitinho brasileiro” nada mais é do que a representação desta assertiva. Tudo pode ser resolvido de uma forma “mais fácil”, desde que, obviamente, os interessados saiam lucrando. Daqueles que nos governam, então, o que esperar, se são justamente os seus eleitores que mais esperam ter alguma vantagem negociados muito antes das campanhas eleitorais onde os cargos ou até mesmo dinheiro mesmo após o êxito eleitoral e depois entram na dança “aquelas manjadas autoridades” pertinentes ao caso, não estão nem aí, também se associam aos corruptos e se tornam “cegos”, - isso não importa a eles. - não podemos negar, há exceções. Há cidadãos que ainda mantêm hígida a probidade exigível e necessária a uma sociedade republicana que tem como objetivo promover o bem de todos, como reza o texto constitucional (art. 3º, IV). O grande problema é que estes, na sua grande maioria, estão muito ocupados tentando sobreviver alheios a todas as mazelas que esta verdadeira subversão institucional lhes impõem alta carga tributária, burocracia excessiva etc. atalhos para substabelecer. Enfim, nada mudará, num futuro próximo ou distante. Os órgãos e instituições responsáveis pela repressão aos crimes de colarinho branco terão que estar cada vez mais preparados, e terão cada vez mais trabalho na consecução de suas funções.

Antônio Scarcela Jorge.

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