ESTADO DE DIREITO E “MAIS DIREITO”
“CONTRADIÇÃO PETISTA”
DEFESA CONTESTA LAUDO MÉDICO.
Junta
descreveu os problemas do petista como não graves e sem necessidade de
tratamento domiciliar
Brasília. A defesa do ex-deputado
José Genoino disse ontem que é incongruente o laudo médico que concluiu que ele
não é portador de cardiopatia grave. A manifestação foi enviada ao Supremo
Tribunal Federal (STF) a pedido do presidente da Corte, Joaquim Barbosa.
Advogado disse que "é
incongruente apontar uma série de restrições físicas e concluir que o paciente
pode aguardar as agruras do cárcere"
Com base no documento, Barbosa
vai decidir se Genoino, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão,
permanecerá em prisão domiciliar temporária ou voltará para o Presídio da
Papuda, na capital federal.
Na petição, a defesa reforçou o
pedido para que Genoino cumpra prisão domiciliar e considerou
"temerária" a conclusão dos médicos, por entender que os
profissionais não visitaram as instalações da Papuda, onde ele estava preso
antes de conseguir a prisão domiciliar temporária.
"É incongruente, para dizer
o mínimo, apontar uma série de restrições físicas, uma série de cuidados
especiais, um sem número de salvaguardas, inclusive de caráter perene e,
concluir, de maneira simplista e, repita-se, sem ao menos uma visita ao
presídio, que o paciente pode aguardar as agruras do cárcere, sem
comprometimento de sua delicada situação de saúde, sem risco real e efetivo a
sua integridade física e a sua própria vida", disse a defesa de Genoino.
No laudo de oito páginas enviado
ao STF, a junta médica descreve os problemas de saúde de Genoino e afirma que
não é necessário tratamento domiciliar. Os médicos afirmam que ele deve receber
acompanhamento médico periódico. De acordo com o laudo, o ex-deputado está com
"condição patológica tratada e resolvida".
No documento, os peritos informam
que Genoino é portador de hipertensão "leve e moderada", que é
controlada por medicação. Os médicos recomendam dieta hipossódica e prática de
atividade física moderada, mas concluem que não é imprescindível a
"permanência domiciliar fixa do paciente".
Prisão pedida
O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, enviou ao STF ontem um parecer pedindo a prisão imediata do
deputado Pedro Henry (PP-MT). O presidente da corte, Joaquim Barbosa, aguardava
a peça para poder rejeitar o último recurso apresentado pelo deputado. Apesar
do recebimento, Barbosa não informou quando deverá encerrar o processo de
Henry.
Restam somente os pedidos de
prisão relativos ao próprio Henry, ao advogado Rogério Tolentino, que trabalhou
para o operador do esquema, Marcos Valério, e ao delator do mensalão, Roberto
Jefferson. O caso do delator, no entanto, só será resolvido após Janot se
manifestar sobre o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa.
Transferências
A defesa do ex-deputado Pedro
Corrêa (PP-PE) enviou ontem ao STF um pedido de transferência para seu cliente.
Ele quer ser enviado para um presídio em Recife (PE), onde mora sua família.
Já as condenadas Kátia Rabello,
ex-presidente do Banco Rural, e a ex-funcionária do publicitário Marcos Valério
Simone Vasconcelos só serão transferidas para Minas Gerais na próxima semana,
informou a Polícia Federal (PF)
Aécio ataca
O presidente nacional do PSDB,
senador Aécio Neves (MG), reagiu ontem às declarações do ministro Gilberto
Carvalho (Secretaria-Geral), que classificou as investigações sobre formação de
cartel em licitações de gestões tucanas em São Paulo como mais graves do que o
mensalão.
"Isso que o PT tem feito e
tem buscado de defender os políticos presos faz mal à própria democracia e faz
mais mal ainda ao próprio PT", disse.
Fonte: Agência
Brasil.
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