CUNHA DIZ QUE EMENDA DELE A MP NÃO FAVORECIA BANCO BTG PACTUAL.
PGR Investiga se ele recebeu
propina para incluir emenda a favor do banco.
Presidente da câmara disse que a
denúncia é 'absurda' e que foi armação.

A PGR relatou neste domingo (29), em pedido enviado ao
Supremo Tribunal Federal (STF), que foi encontrado na residência de Diogo
Ferreira, chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), um documento com uma
anotação indicando o suposto pagamento de R$ 45 milhões do BTG para Cunha. O
dono do BTG, André Esteves, está preso desde a última quarta-feira, assim como
Delcídio e Ferreira. Eles são suspeitos de tentar atrapalhar as investigações
da Lava Jato.
Segundo a PGR, o documento apreendido na casa de Diogo
Ferreira diz: "Em troca de uma emenda à Medida Provisória número 608, o
BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava
interessado em utilizar os créditos fiscais de tal massa, pagou ao deputado
federal Eduardo Cunha a quantia de R$ 45 milhões".
Segundo Cunha, a emenda que ele apresentou, e que não
foi aprovada na comissão que analisava a MP, iria contra os interesses do
banco.
A medida provisória, editada em março de 2013, tratava
de créditos tributários registrados na contabilidade dos bancos. O objetivo era
adequar o sistema financeiro brasileiro às exigências de um acordo internacional,
chamado de Acordo de Brasília, com regras bancárias mais rígidas.
A emenda apresentada por Cunha sugeria a retirada de
um artigo que previa que, em caso de falência ou liquidação extrajudicial da
instituição financeira, o total do saldo de créditos (direitos) corresponderá
ao crédito presumido, isto é , a conversão será integral (um para um). Na
hipótese de decretação de falência, esse artigo permitiria a obtenção de
crédito por meio da massa falida.

Ainda de acordo com a PGR, a anotação encontrada
também diz: "Esse valor também possuía como destinatário outros
parlamentares do PMDB. Depois que tudo deu certo, Milton Lyra fez um jantar pra
festejar. No encontro tínhamos as seguintes pessoas: Eduardo Cunha, Milton
Lira, Ricardo Fonseca e André Esteves".

"Não havia o que comemorar, porque é contrário
aos interesses que estão colocando", argumentou o deputado.
Cunha explicou ainda que, no relatório final da MP, a
"tese" da sua emenda acabou acolhida pelo relator na comissão
especial, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Fonte: G1 – DF.

Do blogueiro.
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