PT
DEFINE
DEPUTADOS
QUE
INTEGRARÃO
COMISSÃO DO IMPEACHMENT.
Líder disse que partido não fará questão de ocupar presidência ou relatoria.
PMDB, que também terá oito deputados, já definiu cinco nomes para o grupo.
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), anunciou nesta
segunda-feira (7) os nomes dos deputados do partido que integrarão a comissão
especial destinada a dar parecer pela instauração ou não de processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os
deputados foram escolhidos após reunião de mais de três horas da bancada do
partido.
Farão parte da comissão os deputados: Henrique Fontana
(PT-RS), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Sibá Machado (PT-AC), José Guimarães
(PT-CE), Paulo Teixeira (PT-SP), Wadih Damous (PT-RJ), José Mentor (PT-SP) e
Vicente Cândido (PT-SP).
No total, a comissão contará com 65 deputados. Os
partidos com maior número de vagas são o PT e o PMDB, cada um com oito representantes.
Ao anunciar os nomes, Sibá Machado disse que o partido
tentou selecionar petistas com desenvoltura em diferentes áreas.
"A experiência da bancada é larga e queremos
misturar o perfil dos parlamentares com experiência na área jurídica, que já
foram presidentes, como Arlindo Chinaglia, que já foram líderes e quem tem
experiência com movimentos sociais, porque o debate também será mais político
do que técnico", disse o petista, destacando que os deputados indicados
são "homens de confiança" do partido e do governo.
Ele afirmou ainda que o PT pode abrir mão da relatoria
ou presidência da comissão especial e deixar o posto para algum partido da base
aliada. Como maiores bancadas da Câmara, PMDB e PT têm a prerrogativa de ficar
com presidência ou relatoria do colegiado. "O PT não vai fazer questão da
relatoria nem da presidência. Vamos negociar entre os partidos da base
aliada", disse.
Sibá Machado também voltou a defender que não haja
recesso parlamentar, para acelerar ao máximo a decisão sobre o processo de
impeachment. Para ele, o Brasil não "aguenta um quarto golpe".
"O povo não tem nada a ver com essa futrica que o
PSDB inventou. Quem pensa sério tem que decidir isso logo. Portanto não pode
ter recesso. O que houve é uma grande mentira contra a presidente dizendo que
ela cometeu crime e não está escrito isso em lugar nenhum."
PMDB.
Mais cedo, após negociações no fim de semana, o líder
do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), definiu cinco dos oito nomes que
serão indicados pelo partido. Além do próprio Picciani, integrarão o colegiado
os deputados Hildo Rocha (PMDB-MA), João Arruda (PMDB-PR), José Priante Junior (PMDB-PA)
e Washington Reis (PMDB-RJ).
Os nomes indicados pelos partidos serão confirmados em
reunião marcada para as 18h desta segunda. Na terça (8), o colegiado vai eleger
presidente e relator.
A partir desse momento, Dilma será notificada e terá
prazo de 10 sessões para apresentar uma defesa. Então, a comissão terá outras
cinco sessões para votar relatório pela abertura ou não de processo de
impeachment. O parecer ainda tem que ser submetido ao plenário e a abertura do
processo depende dos votos de 342 dos 513 deputados.
Outras
indicações.
Das quatro vagas de titular a que tem direito na
comissão especial, a bancada do PSB já escolheu três nomes em uma eleição
interna: Fernando Coelho Filho (PE), líder do partido na Câmara, e os deputados
Danilo Forte (CE) e Tadeu Alencar (PE)
Para a quarta vaga, houve um empate entre três
parlamentares: Luiza Erundina (SP), Bebeto (BA) e João Fernando Coutinho (PE),
que iriam disputar um segundo turno. Os dois que perderem ficarão como
suplentes ao lado de José Stédile (RS) e Paulo Foletto (ES)
Segundo o líder do PSB, a posição na comissão será
partidária e todos terão que votar conforme decisão da Executiva da legenda,
que se reúne na próxima quarta-feira (9). Coelho Filho não soube dizer se já
neste encontro sairá uma decisão, mas adiantou que, atualmente, o sentimento
majoritário na bancada é a favor do impeachment e que levará para a Executiva.
“Vai ser o que for decidido pelo partido. Todo mundo que vai participar da
comissão está muito consciente disso”, afirmou o líder.
A assessoria do PSDB disse que já foram definidos dois
dos seis membros – o líder do partido na Câmara, Carlos
Sampaio (SP), e o deputado Bruno Araújo (PSDB-CE). A líder do PCdoB, Jandira Feghali
(RJ), vai assumir uma vaga pelo partido.
O Solidariedade, partido de oposição, já escolheu seus
dois integrantes: o líder do partido, Arthur Maia (BA), e o deputado Paulo
Pereira da Silva (SD-SP), ambos defensores do impeachment. O PSOL escolheu o deputado Ivan Valente (RJ) e
anunciou que votará contra a continuidade do processo.
O representante do PMN será o Antônio Jacome (RN). O PPS indicou Alex Manente (SP). O PDT
indicou Afonso Motta (PDT-RS) e Dagoberto Nogueira Filho (PDT-MS). Os indicados
do PRB são Jhonatan de Jesus (PRB-RR) e
Vinicius Carvalho (PRB-SP). Sarney Filho (MA) atuará na comissão pelo PV.
Henrique Fontana (RS)
Arlindo Chinaglia (SP)
Sibá Machado (AC)
José Guimarães (CE)
Paulo Teixeira (SP)
Wadih Damous (RJ)
José Mentor (SP)
Vicente Cândido SP)
PMDB
Leonardo Picciani (RJ)
Hildo Rocha (MA)
João Arruda (PR),
José Priante Junior (PA)
Washington Reis (RJ)
PSB
Fernando Coelho Filho (PE)
Danilo Forte (CE)
Tadeu Alencar (PE)
PR
Maurício Quintella Lessa (AL)
Aelton Freitas (MG)
Marcio Alvino (SP)
Lúcio Vale (PA)
SDD
Arthur Maia (BA)
Paulo Pereira da Silva (SP)
PDT
Afonso Motta (RS)
Dagoberto Nogueira Filho (MS)
PRB
Jhonatan de Jesus (RR)
Vinicius Carvalho (SP)
PSOL
Ivan Valente (RJ)
PMN
Antônio Jacome (RN)
PPS
Alex Manentex (SP)
PV
Sarney Filho (MA)
Fonte: G1 – DF.
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