Teori Zavascki acolheu o pedido da defesa do senador do PT.
Petista está preso desde 25 de novembro na superintendência da PF.
O ministro Teori Zavascki, do Supremo
Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) da
carceragem da superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília para o
quartel da Polícia Militar no Distrito Federal.
Delcídio está preso desde 25 de
novembro, acusado de tentar atrapalhar as investigações da
Operação Lava Jato. O parlamentar, que está com a filiação
partidária suspensa pelo PT, cumpre prisão preventiva, sem prazo para acabar.
O pedido de transferência foi formalizado pela defesa
de Delcídio. Em parecer encaminhado ao Supremo, a PGR concordou com mudança
para o quartel da PM.
A Polícia Federal informou
que foi notificada oficialmente da decisão do STF, que determina o Batalhão de
Policiamento de Trânsito como local para receber o parlamentar.
O petista
estava em uma sala administrativa que, geralmente, é utilizada por servidores
de plantão, e não possui cama nem banheiro. A PF improvisou um colchão de
solteiro para ele dormir.
Na sede da PF em Brasília, ele recebia a mesma
alimentação que é oferecida aos demais presos da carceragem de passagem.
Conforme a PF, ele não tinha acesso a celular, televisão e internet.
A PGR o acusa de impedir e embaraçar a investigação de
infrações penais que envolvem organização criminosa (com pena de 3 a 8 anos) e
patrocínio infiel (6 meses a 3 anos), que é quando o advogado trai o interesse
de seu cliente.
O senador também é acusado de exploração de prestígio (com
penas de 1 a 5 anos).
Caberá agora à Segunda Turma do STF aceitar ou
rejeitar a denúncia. O colegiado é composto pelos ministros Teori Zavascki (relator da
Lava Jato na Corte), Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cármen Lúcia e Dias
Toffoli. Se a denúncia for aceita, os acusados passam a ser considerados réus
num processo penal.
Novo
advogado.
Delcídio do Amaral abriu uma nova frente de defesa na
Operação Lava Jato e contratou um
advogado especialista em delações premiadas: Antônio Figueiredo Basto. O
criminalista irá atuar na defesa do parlamentar ao lado do advogado Mauricio
Leite.
Basto ficou nacionalmente conhecido após fechar
delações relevantes para as investigações na Lava Jato, entre as quais a do
doleiro Alberto
Youssef e a do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa.
Advogados da Lava Jato entendem que a negociação com a
nova defesa sinaliza que Delcídio está disposto a fechar delação premiada –
contar o que sabe em troca de redução de pena.
As tratativas com a Procuradoria Geral da República ainda não começaram, mas a defesa avalia que uma delação ainda não está descartada, já que a família de Delcídio o pressiona bastante para entregar o que sabe e tentar sair da cadeia.
As tratativas com a Procuradoria Geral da República ainda não começaram, mas a defesa avalia que uma delação ainda não está descartada, já que a família de Delcídio o pressiona bastante para entregar o que sabe e tentar sair da cadeia.
Fonte: G1 – DF.
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