APÓS TROCA DE LÍDER NO PMDB, LÍDER DO GOVERNO DIZ QUE DIALOGA COM TODOS.
Bancada decidiu tirar Picciani, que
se isolou ao se alinhar ao Planalto.
José Guimarães não quis opinar sobre substituição, realizada nesta quarta.
Após a bancada do PMDB destituir um líder mais
alinhado com o Palácio do Planalto, o líder do governo na Câmara, José
Guimarães (PT-CE), disse nesta quarta-feira (9) que “tem que dialogar com
todos”.
Descontente com a aproximação de Leonardo Picciani
(RJ) nos últimos meses com o governo Dilma, a maioria da bancada peemedebista
decidiu indicar Leonardo Quintão (MG) como novo representante.
O documento pedindo a substituição foi protocolado no
fim da manhã de ontem com 35 assinaturas, o que representa mais da metade da
bancada, que possui 66 deputados.
A troca foi automática, já que todas as
assinaturas foram validadas pela Câmara. Guimarães não quis opinar sobre a
troca no PMDB, mas disse que é preciso conversar com todos. “Eu tenho que
dialogar com todos aqui, até com a oposição”, afirmou.
Ele argumentou que se trata de um problema interno do
PMDB e, por isso, não iria se meter. “Eu não gosto quando se metem na vida do
meu partido nem eu vou me meter na vida dos demais partidos”, justificou.
Picciani começou a se isolar dentro da bancada na
época da reforma ministerial ao articular diretamente com o Palácio do Planalto
a indicação de nomes para compor ministérios. Mais recentemente, Picciani foi
criticado por não consultar a bancada sobre a indicação os nomes do partido
para a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente
Dilma Rousseff.
Picciani indicou nomes considerados mais moderados, o que desagradou a ala dissidente dentro do PMDB favorável ao impedimento da petista.
Picciani indicou nomes considerados mais moderados, o que desagradou a ala dissidente dentro do PMDB favorável ao impedimento da petista.
Questionado se uma mudança na postura da bancada
peemedebista mais resistente ao governo poderia implicar em uma eventual mexida
no número de ministérios, Guimarães disse apenas que o partido continua no
governo e que a expectativa é que continue ajudando na governabilidade.
Fonte: G1 – DF.
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