quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2015

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

LOGO MAIS 2016.

Nobres:
O ano de 2015 praticamente marcou no cenário político nacional pela desordem, pela ascensão dos políticos notáveis corruptos, e da mentira do lulismo e os seus compassas que surgem a cada hora “no seio dos entes governos” no Estado e do município, é uma comunhão de trapaceiros jamais vistos neste mundo corrupto. Este desconserto (o principado do roubo) ainda são aplaudidos por segmentos abrigados pelo oportunismo, isto é uma insanidade. Em termos da alta cúpula corrupta ensejou a roubalheira do lulismo promovendo a lástima em que o panorama econômico prevalecente no Brasil em 2015 não tenha conseguido incitar a feitura de cenários menos sombrios para 2016. Até porque, gerou a crise referente à economia atingindo frontalmente todo o povo brasileiro que de acordo com o arcabouço de política econômica que se aplicado a efetiva sinalização de organização de um ajuste consistente nas finanças do setor público representaria o núcleo da retomada sustentada do crescimento, amparado na restauração da confiança dos agentes, que ganharia contornos mais definidos a partir de 2016. Em sendo essa intenção absolutamente correta, parece razoável admitir a confirmação de uma fragorosa derrota em 2015. A despeito da promessa de obtenção de superávit primário de 1,1% do PIB, no conjunto as três instâncias governamentais fecharão o ano amargando desequilíbrio orçamentário superior a 1,5% do PIB que, o que é pior, transborda para 2016, com déficit próximo de 1% do PIB. Todo Brasileiro, exceção dos adeptos do lulismo é cética para as questões de responsabilidade. Na contabilidade nominal, que incorpora o custo de rolagem do passivo governamental, o rombo é de 9,5% do PIB em 2015, e deve impulsionar a dívida líquida do setor público de 36% do PIB para 40% do PIB, confirmar a paralisação dos investimentos em infraestrutura, já bastante combalidos com o envolvimento das maiores empreiteiras da nação na sangria de recursos realizada em algumas companhias estatais, direcionada à cobertura financeira de campanhas eleitorais. A virada do jogo requer o lançamento e implantação de uma nova geração de reformas institucionais. A inflação, medida pelo IPCA, do IBGE, encerra 2015 ao redor de 11% o que resultará em mais de 13 milhões de brasileiros sem ocupação, se agrupados os que procuram trabalho, os que desistiram e aqueles que vivem de bicos. Outra gravíssima questão que nos cerca é normativa a valorização da moeda americana em escala global, especialmente em virtude da inescapável continuidade da subida mais encorpada dos juros nos Estados Unidos, e pelo não desate do nó político, materializado em uma espécie de “duelo mexicano”, travado entre Dilma Rousseff, Eduardo Cunha e Renan Calheiros e que certamente atingirá o chefão ex-presidente Lula. Preverem-se ainda as dificuldades de captação de recursos externos, derivadas da perda do grau de investimento, exigirão reforço das operações de arbitragem proporcionadas pelo diferencial de juros internos e internacionais. Porém, infelizmente, nas circunstâncias atuais, a mera alteração de postura da nação lulista revela-se insuficiente. A virada do jogo requer o lançamento e implantação de uma nova geração de reformas institucionais, o que, por seu turno, depende de complexas e maduras negociações políticas entre Executivo e Legislativo, entes completamente desprovidos de credenciais éticas e morais para assumirem a condução de uma empreitada dessa natureza. Resta saber a capacidade de tolerância do povo em escalada maciça em prol da exata remissão nacional.

Antônio Scarcela Jorge.

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