Foram arrecadados no mês passado R$ 95,46 bilhões, queda de 17,29%.
No ano de 2015, até novembro, queda na arrecadação é de 5,76%.
A arrecadação federal somou R$ 95,46 bilhões em
novembro, queda de 17,29% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foi
arrecadado um total de R$ 104,47 bilhões. Os números foram divulgados nesta
quarta-feira (23) pela Secretaria da Receita Federal.
Resultado de janeiro a novembro
Receita Federal
Em todo o ano de 2015, até novembro, a arrecadação
soma R$ 1,1 trilhão. Na comparação com o mesmo período de 2014 (R$ 1,07
trilhão), há um aumento nominal de 2,5% no valor arrecadado.
Se descontada a inflação, porém, há uma queda real de
5,76%. Os valores considerados no balanço incluem impostos e contribuições
federais, além de “demais receitas.”
Se considerados apenas os meses de novembro, a
arrecadação em 2015 teve o pior resultado desde 2008, quando foram apurados R$
88 bilhões. Já o volume de janeiro a novembro é o mais baixo desde 2010.
Em outubro, a arrecadação teve o pior valor para meses
de outubro desde 2009, quando chegou a R$ 103,35 bilhões.. O governo arrecadou,
em impostos e contribuições federais, além das "demais receitas", R$
103,53 bilhões – uma queda real de 11,33% sobre o mesmo mês de 2014.
Desempenho
O resultado da arrecadação é reflexo da desaceleração
da economia brasileira. Comparando-se os meses de novembro de 2014 e 2015,
houve queda de 11,2% na atividade industrial brasileira e de 11,8% nas vendas
de bens e serviços.
A retração da massa salarial, na mesma base de comparação,
foi de 0,73%.
Consideradas as receitas administradas pela Receita
Federal, a maior queda na arrecadação (- 85%) foi com parcelamentos especiais,
de R$ 7,6 bilhões. Já a arrecadação com o Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas
(IRPJ) e Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL) foi de 29,7%, ou o
equivalente a R$ 4,39 bilhões.
Setores.
Considerada os setores da economia, a maior queda na
arrecadação veio do setor de extração mineral: R$ 38,28%, o equivalente a R$
2,46 bilhões, comparando-se o janeiro a novembro de 2014 com o mesmo período de
2015. No setor de rádio e televisão, a queda foi de 35,51%, ou R$ 1,99 bilhão.
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros
da Receita, Claudemir Malaquias, destacou ainda a queda, de 9,26% (- R$ 1,34
bilhão), na arrecadação com as atividades de construção de edifícios. De acordo
com ele, as “incertezas econômicas” levam menos famílias a comprar ou financiar
imóveis, o que vem impactando esse setor.
2016
Malaquias não informou a previsão para o desemprenho
da arrecadação em 2016. Mas apontou que a expectativa da Receita é de que ela
seja beneficiada por medidas de redução de renúncias fiscais nas folhas de
pagamento, elevação de tributos de bebidas quentes (como uísque e vinho) e a
possível aprovação, pelo Congresso, da volta da CPMF, conhecida como imposto do
cheque.
Além disso, ele apontou que as medidas do ajuste
fiscal feito pelo governo federal devem levar à retomada da atividade
econômica, via alta do consumo e dos investimentos.
“À medida que as ações da equipe econômica forem
tomando corpo, a economia tem condições de se recuperar rapidamente”, disse.
Fonte: G1 – DF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário