sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

BANCO CENTRAL ADMITE RECESSÃO

 BANCO CENTRAL CONFIRMA QUE A ECONOMIA ESTÁ EM FORTE RECESSÃO.

O Banco Central confirmou que a economia brasileira está em forte recessão.

O ano de 2016 começa com a inflação rondando a casa dos 11%. A meta oficial, já abandonada há anos, é de 4,5%.

É uma lei que a física chama de inércia. O limão, em movimento, quer continuar em movimento. A batata parada na gôndola tende a continuar ali parada.

Neste ano alimentos e bebidas subiram mais de 12%, um pouco pela seca do começo do ano e um pouco por inércia. 

É como se um ônibus fosse a economia do país e os passageiros, os preços. 

Apesar da freada brusca, os preços tendem a manter a aceleração. E por que usar a física para entender a economia? O que inércia tem a ver com inflação?

São os economistas que estão dizendo. 

Eles explicam que depois que a inflação é acelerada, ela sofre o efeito da inércia e demora a perder ritmo e cair.

É por isso que os preços devem continuar subindo no ano que vem. A partir daí, 2016 começa muito parecido com 2015, com uma herança difícil de administrar.

A física também pode ajudar a explicar o que aconteceu com a inflação em 2015.

A pressão veio dos preços administrados, como energia elétrica, gasolina, água e transporte público, represados desde 2014.

Quando no meio do ano, o governo sinalizou que não ia cumprir a meta de superávit primário, a temperatura subiu e a desconfiança dos investidores acrescentou a alta do dólar nessa fórmula. O resultado é que a inflação explodiu.

A inflação deve fechar o ano acima da meta, na casa de 10,8%, e com o PIB encolhendo 3,6%, a gente recorre à economia mesmo para explicar.

“Esse é o lado mais perverso dessa crise. É isso. É o que o economista chama de ‘estagflação’. Você está em recessão, a economia está encolhendo e, apesar disso, você tem uma inflação bastante resistente”, explica Celso Toledo, economista da LCA Consultores.

Desse jeito, o pedido para 2016 desafia qualquer ciência. “Que melhore para todos nós, que seja melhor. Tenho fé, mas não acredito, não”, diz a empregada doméstica Rosânia da Silva.
Fonte: Agência Brasil.


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